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Transformação Digital será essencial para crescimento da produtividade e da economia

Transformação Digital será essencial para crescimento da produtividade e da economia

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, defendeu ontem, em Lisboa, que “a sustentação do futuro do crescimento de Portugal vai passar pelo processo de crescimento da produtividade”, integrando a inovação, a incorporação de novas tecnologias e a requalificação dos recursos humanos.
Transformação Digital será essencial para crescimento da produtividade e da economia

“A transformação digital é um dos fatores de crescimento de produtividade das empresas e da economia como um todo e, neste sentido, é a única condição que nos promete também sustentar um processo de crescimento dos rendimentos do trabalho e de crescimento dos salários”, disse o governante, falando no terceiro congresso dos Gestores Portugueses.

Pedro Siza Vieira salientou a necessidade de mobilizar os recursos necessários para financiar o processo de transformação digital das empresas e da economia, referindo que os incentivos ao autofinanciamento das empresas tem sido uma prioridade do Governo, sobretudo através do “sistemático alargamento da dedução dos lucros retidos e reinvestidos”.

O ministro destacou ainda a necessidade de aumentar a eficácia do apoio ao sistema bancário como instrumento fundamental no “esforço de mobilização da economia, seja na transição digital, na eficiência energética ou na descarbonização”.

Importância dos recursos humanos

Na sua intervenção, Pedro Siza Vieira realçou que “as pessoas são o recurso mais crítico para o futuro da economia”, dando também nota da importância da sua articulação com os desafios demográfico e de retenção de recursos humanos qualificados no país.

O ministro acentuou, ainda, que é fundamental continuar a apostar no sistema educativo, reduzindo o abandono escolar e aumentando os índices de população que frequenta e que se forma no ensino superior.

“Somos o país que mais progrediu, mas continuamos atrás. Temos de continuar a investir muito na formação e temos de continuar a investir na formação profissional, particularmente para responder às necessidades do mercado de trabalho”, acrescentou.

Captação e retenção de talento

O titular da pasta da Economia e da Transição Digital sublinhou também a importância de “criar condições para reter em Portugal o talento que cria”, proporcionando, sobretudo aos jovens, um futuro profissional compatível com as suas qualificações e aptidões.

“Uma economia que não consegue captar os recursos está obviamente a abdicar e a prescindir de um recurso absolutamente crítico para a sustentabilidade do nosso futuro”, disse, insistindo que “não é possível continuar a competir com baixos custos e baixos salários”, mas sim com um modelo de crescimento que passa pela capacidade de abraçar o desafio da digitalização, com recursos humanos qualificados.

“Temos de tratar melhor os nossos trabalhadores. Temos de pagar melhor, temos de dar outras perspetivas de carreira, outro tipo de reconhecimento, temos de ir ao encontro das aspirações das novas gerações”, concretizou.