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Super terça-feira clarifica presidenciais americanas

Super terça-feira clarifica presidenciais americanas

Hillary Clinton e Donald Trump reforçaram ontem a vantagem na corrida para as respetivas nomeações partidárias às presidenciais norte-americanas de novembro. Com os olhos do mundo postos no que será a linha política da próxima administração americana, na chamada «Super terça-feira», o dia em que mais estados vão a votos, Clinton e Trump conquistaram os delegados em 7 dos 11 estados que submeteram os candidatos a escrutínio.
Super terça-feira clarifica presidenciais americanas

Hillary Clinton marcou decisivamente a vantagem do lado democrata sobre Bernie Sanders, o que vários analistas atribuem à capacidade da campanha da antiga primeira-dama em incorporar alguns temas suscitados pela agenda do seu adversário e que mereceram acolhimento numa fatia importante do eleitorado democrata. Acentuada a diferença, Clinton pode apontar já as baterias para a campanha de Trump.

“A América é forte quando todos somos fortes. Sabemos que temos trabalho pela frente, mas esse trabalho não é fazer, de novo, da América um grande país. A América nunca deixou de ser grande. É preciso tornar a América inteira, unida”, defendeu Hillary Clinton, no rescaldo desta terça-feira.

Do lado republicano, a confirmação de Trump está a colocar desafios e a provocar assumidas divisões na estrutura e nos equilíbrios mais convencionais do partido, o que é visível na crescente resistência com que várias das suas figuras destacadas estão a encarar a previsível nomeação, como o expressou o também candidato republicano Ted Cruz: “seria um desastre para os republicanos, para os conservadores e para a nação”.

O próprio discurso assumido por Trump parece ter consciente essa indisfarçável divisão. “Tornar a América grande de novo vai ser muito melhor do que tornar a América inteira”, afirmou, em resposta à candidata democrata.

Nas próximas semanas e perspetivando já o que deverá ser o confronto em novembro, o eleitorado branco e de baixos rendimentos, no caso de Trump, e o eleitorado negro, hispânico e feminino, no caso de Clinton, deverão, na opinião dos analistas, ser o terreno onde se vai jogar o futuro do ato eleitoral americano.