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Sindicatos têm papel essencial no combate à precariedade laboral

Sindicatos têm papel essencial no combate à precariedade laboral

Sindicatos têm papel essencial no combate à precariedade laboral

A Secretária-geral adjunta do PS defendeu ontem que as estruturas sindicais devem encarar os novos desafios no mundo laboral como uma oportunidade para o reforço da sua intervenção, destacando também o papel essencial que os sindicatos podem desempenhar no combate à precariedade, que atinge sobretudo a população mais jovem.

Ana Catarina Mendes falava no encerramento da conferência “Os jovens e o movimento associativo sindical”, integrada na iniciativa “PS no terreno”, que decorreu no Jardim Mário Soares, na sede nacional do partido, em Lisboa.

Na sua intervenção, a dirigente socialista deixou várias mensagens dirigidas às estruturas sindicais, uma delas no sentido da importância de uma atitude interventiva face a desafios colocados por fenómenos como a robotização ou automação do trabalho.

“As estruturas sindicais devem encarar os novos desafios no mundo laboral como novas oportunidades para o reforço da sua intervenção”, advogou.

A Secretária-geral adjunta do PS sublinhou, depois, que os sindicatos “têm também um papel essencial a desempenhar no combate à precariedade laboral”, uma preocupação, lembrou, que está no centro das prioridades socialistas. “No PS, ou no Governo, estamos muito empenhados neste combate, até porque atinge sobretudo a população mais jovem”, disse.

Na presença de muitos jovens sindicalistas, Ana Catarina Mendes defendeu a valorização pelo PS do diálogo social e da contratação coletiva, “ao contrário do anterior Governo, que procurou colocar empregadores contra trabalhadores”, lembrando também que desde o último congresso do partido, em 2016, se assistiu a um reforço da presença de sindicalistas nos diferentes órgãos políticos. “Queremos também um trabalho muito próximo com os sindicatos”, completou a dirigente do PS.

Há espaço para a atração dos jovens para a vida sindical

Num debate em que também interveio a secretária nacional do PS para a área do trabalho, Wanda Guimarães, o líder da Juventude Socialista, Ivan Gonçalves, defendeu, por seu lado, “que há espaço para a atração dos jovens para a vida sindical”, o que também passa pela capacidade de modernização dos sindicatos.

“A via para reforçar a presença de jovens tem de passar pela modernização das estruturas sindicais, já que o mundo do trabalho é atualmente mais volátil e, consequentemente, mais precário”, advertiu o líder da JS.

Ivan Gonçalves apontou depois para a necessidade de um debate aprofundado sobre os problemas que existem no mercado de trabalho, “que é mais desregulado e em que os jovens estão mais desprotegidos”.

“Temos também de fazer com que os mais jovens conheçam os seus direitos laborais. Esse trabalho tem de ser feito pelas estruturas sindicais, pelos partidos e, obviamente, pelas organizações de juventude”, afirmou, antes de criticar as desigualdades que podem ser identificadas dentro de uma mesma empresa.

“É importante regular a forma como o capitalismo funciona”, sublinhou, aludindo a uma das iniciativas da JS para estabelecer limites às desigualdades salariais.