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Sindicalistas do PS assinalaram 1º de Maio

“Caras e Caros Camaradas,

Neste Primeiro de Maio de 2020, atípico e estranho, é tempo de não esmorecer, devido ao confinamento vivido por milhões de trabalhadores, em defesa da saúde de todos nós, e relembrar que os direitos se conquistam com muitas lutas, sacrifícios e dor.

Bem conhecem os portugueses o contributo dos socialistas para a reconquista da Democracia e a restauração das Liberdades há 46 anos atrás.

E bem se lembram os trabalhadores das intervenções de Mário Soares e de Salgado Zenha, no 1º de Maio de 1975, no combate sem tréguas, pela democracia e liberdade sindicais, contra a unicidade, tentativa de instituição de uma central sindical única, manipulada e instrumentalizada por um partido político.

O PS e os seus sindicalistas socialistas sempre pautaram a sua intervenção no país pela exigência de um Estado Social justo, solidário e fraterno, que não deixe ninguém para trás, e com políticas públicas inclusivas, como o SNS, a escola pública e a Segurança Social pública e universal.

As lutas de ontem mantêm-se atuais, nestes tempos de crise que, embora de saúde pública, permitiu vislumbrar o número de oportunistas que aproveitaram o momento para despedir milhares de trabalhadores e contribuir para uma calamidade social.

Estamos convencidos que o Governo do Partido Socialista agirá em defesa dos mais frágeis e desfavorecidos, como sempre foi timbre do PS. E que nesse desígnio nacional de apoiar a economia e as famílias, contará com os sindicalistas socialistas, nos sindicatos, nas comissões de trabalhadores e em todas as estruturas sindicais, no apoio a políticas solidárias que são mais necessárias do que nunca.

E contará com todas as vozes do Partido Socialista Europeu e dos nossos camaradas por essa Europa fora na exigência de responsabilidade social e solidária a todos os Estados da União Europeia, para a aplicação célere de medidas de apoio a empresas, famílias e trabalhadores de todos os Estados onde a pandemia mais se fez sentir.

A todas e todos os trabalhadores portugueses, desejo um Primeiro de Maio de força, coragem e resistência, que ficará na memória de todos quantos, confinados em suas casas, partilham connosco, Socialistas, os ideais de Democracia, Paz, Justiça Social e Liberdade.

Em solidariedade.”

Carlos Silva
Secretário-geral da Tendência Sindical Socialista da UGT e do PS

“Pandemia e proteção da saúde e dos direitos dos trabalhadores com o PS a governar!”

“O 1º de Maio de 2020 ficará registado na História do Movimento Operário e Sindical como aquele em que as comemorações se realizaram condicionadamente e sem a participação maciça de dezenas de milhares de trabalhadores devido ao risco da pandemia de COVID-19 e as inerentes medidas sanitárias para controlar e combater o vírus.

Se a pandemia é circunstancial, efémera, e o 1º de Maio é perene, a realidade cruel e verdadeira é que aquela pode matar e este representa confiança no futuro.

E, tal como a Democracia não está suspensa em tempo de pandemia, também esta não condiciona os direitos e garantias dos trabalhadores – e o 1º de Maio representa exatamente que o combate incessante do passado se continua a realizar no presente e se projecta no futuro!

Neste 1º de Maio, a Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN saúda o Governo PS pela elevada e reconhecida capacidade e competência com que tem gerido esta crise sanitária e económica, defendendo os interesses imediatos dos trabalhadores: a saúde, a economia e o emprego!

Após os anos terríveis do governo da Direita, o anterior governo do PS, com as suas políticas progressistas, devolveu direitos sociais e laborais que tinham sido retirados e criou novos direitos sociais, aumentou os rendimentos dos trabalhadores e reformados, recuperou a economia, aumentou o emprego e, consequentemente, fez baixar o desemprego, aumentar a receita fiscal, baixar o deficit e reduzir a divida.

O actual Governo de António Costa está a enfrentar esta enorme crise sanitária, salvaguardando, em primeiro lugar, a saúde dos cidadãos, especialmente os mais frágeis e desprotegidos e, seguidamente, a economia e os trabalhadores.

Os resultados desta adequada gestão da crise começam a surgir.

As medidas sanitárias controlaram a situação, com níveis de contágio e índices de mortalidade em níveis relativamente baixos, mas com inevitáveis reflexos negativos na economia, que se reflectiram directamente na existência de mais de um milhão de trabalhadores em LAY-OFF. Todavia, até ao momento, não se verificou a destruição do tecido económico nem um desemprego maciço.

Se olharmos para a situação dos EUA ou do Brasil, por exemplo, seja na dimensão sanitária seja na económica, constataremos que António Costa está a proceder politicamente da forma correcta!

Neste 1º de Maio, o surto pandémico ainda não passou. Contudo, nós conhecemos a realidade actual e sabemos o que é fundamental fazer neste momento.

Há patrões sem escrúpulos que se estão a aproveitar da actual situação para atacar direitos e remunerações dos trabalhadores, aproveitando-se do ‘lay-off’ para enganar os trabalhadores (e o Governo) – exigimos a rápida e exemplar sanção destes indivíduos!

A U.E. continua, até este momento e após cerca de dois meses de profunda crise pandémica e económica, enredada em debates intermináveis e sem tomar as decisões financeiras que o grave momento impõe – exigimos que a U.E. assuma rapidamente as suas responsabilidades, criando eurobonds ou outras soluções financeiras semelhantes, para que a economia europeia recupere, a coesão social e regional não fraqueje e a confiança no projecto europeu se restabeleça entre os cidadãos europeus!

A Direita neoliberal e conservadora e o poder económico, em Portugal, na Europa e no Mundo, a propósito da pandemia, irá tentar que a austeridade seja novamente estabelecida, para tentarem anular ou reduzir novamente os direitos sociais e laborais e os rendimentos dos trabalhadores e dos reformados, a exemplo do que já fizeram na crise de 2008/09 – é necessário combater sem hesitações, com determinação e toda a confiança esta nova tentativa que a Direita neoliberal e conservadora está a preparar para, mais uma vez, fazer retroceder o Estado Social e a Justiça Social!

Neste 1º de Maio de 2020, a Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN considera que estas são as principais linhas de força que é necessário afirmar – só assim honramos o nosso passado, somos consequentes no presente e preparamos o nosso futuro!

Viva o 1º de Maio – A luta continua!”

O Secretariado Nacional da CSS/CGTP-IN