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Salário mínimo aumenta para 580 euros em janeiro

Salário mínimo aumenta para 580 euros em janeiro

O salário mínimo nacional vai aumentar de 557 para 580 euros em janeiro do próximo ano, ainda que não tenha sido possível alcançar uma posição de acordo entre os parceiros sociais, anunciou ontem o ministro do Trabalho, José António Vieira da Silva.
“Bom acordo” de concertação social nunca esteve em causa

Falando à saída da reunião da Concertação Social que se destinava a fechar o dossiê sobre a atualização para 2018, Vieira da Silva considerou que a existência de um acordo teria sido desejável e importante para o país, mas salientou que o compromisso do Governo foi assumido na conclusão de um diálogo social que decorreu com “tranquilidade”.

“Seria mais importante para o país”, referiu. “Mas não houve qualquer rutura nem ninguém está zangado com ninguém”, acrescentou, sublinhando que o Governo não subscreveria um acordo “a qualquer preço”, sujeito a condições que seriam impossíveis de satisfazer.

O ministro explicou que as confederações patronais exigiram, como contrapartida, uma redução das contribuições para o Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) “de 100 para 20” em termos relativos, o que para o Governo “não parece ser possível aceitar”.

Em causa estava também, como referiu, a exigência das confederações patronais em manter inalterada a legislação laboral, “algo que não pode ser pedido a um Governo” e que traduz “uma reivindicação claramente excessiva”.

“Estamos disponíveis para assumir compromissos, mas nunca sob uma pressão desta natureza”, afirmou Vieira da Silva, salientando que está na agenda do Executivo a “intenção de melhorar a negociação coletiva” e a “redução da segmentação do mercado de trabalho”, matérias a serem negociadas no próximo ano.

O ministro disse, porém, e sobre algumas das preocupações suscitadas pelas confederações patronais, que estará disponível a negociar alterações relativas à gestão e equilíbrio do FCT, bem como a discutir medidas de simplificação tributária para as empresas, discussão que deverá ocorrer já no primeiro trimestre de 2018.