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PS defende apoio complementar às empresas para estancar o desemprego

PS defende apoio complementar às empresas para estancar o desemprego

O presidente do Partido Socialista-Madeira considerou, hoje, que é necessário estancar não só o vírus da Covid-19, mas também o desemprego na Região, pelo que defendeu que é urgente um apoio complementar a fundo perdido para as empresas.

PS DEFENDE APOIO COMPLEMENTAR ÀS EMPRESAS PARA ESTANCAR O DESEMPREGO

Em conferência de imprensa realizada esta manhã, Paulo Cafôfo mostrou-se muito preocupado com a situação pandémica na Região e com os efeitos que o vírus está a ter na economia, dando conta que, no passado mês de dezembro, a Madeira foi a terceira região do país com maior aumento de desempregados, tendo ultrapassado a barreira das 20 mil pessoas sem emprego.

O líder dos socialistas apontou o facto de haver empresas a fechar e trabalhadores que «estão numa agonia, sem emprego», sendo por isso muito importante que, nesta fase, possa haver medidas de apoio.

Paulo Cafôfo referiu-se às medidas que já foram propostas pelo Governo Regional, particularmente a linha INVESTE RAM, e disse que os apoios que foram dados a fundo perdido “na verdade não o serão”. Isto porque, tal como explicou, havia uma condição de que, nos 18 meses subsequentes, nenhuma empresa despedisse qualquer tipo de trabalhador, mas o facto é que muitas foram obrigadas a despedir, “o que significa que vão ter de devolver as verbas a que tiveram acesso”. Além disso, o dirigente socialista acrescentou que muitos destes apoios já esgotaram na primeira fase da pandemia e lembrou um estudo feito pela Confederação Empresarial de Portugal junto dos empresários, que indica que “muitos deles acham que as medidas de apoio são insuficientes, demoradas e demasiado restritivas”.

Neste mês de janeiro, o aumento de casos de pessoas infetadas levou o Executivo a tomar medidas restritivas para controlar a evolução da pandemia. Paulo Cafôfo esclarece que o PS é favorável às mesmas, mas entende que estas «deveriam ter sido acompanhadas de medidas de apoio complementares», para fazer face a custos que as empresas não conseguem suportar, como as rendas, os salários, a eletricidade, entre outros. “Sabemos que há restrições, particularmente dos horários de funcionamento, que têm influência na quebra de receitas e, consequentemente, prevê-se um aumento do desemprego. Portanto, temos de estancar não só o vírus, mas também estancar o desemprego”, sublinhou.

“Nós achamos que o Governo Regional, face às medidas restritivas que teve de implementar para conter a pandemia já neste mês de janeiro, deveria, paralelamente, ter anunciado medidas de apoio complementar, para que o aumento do desemprego não seja uma realidade, como, infelizmente, estamos a ver que é. Aquilo que era necessário neste momento era uma ajuda urgente e a fundo perdido para as empresas”, concluiu.

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