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PS acusa PSD de “apagão de responsabilidades”

PS acusa PSD de “apagão de responsabilidades”

“Afinal que modelo de serviço público quer o PSD: o que defende quando está na oposição ou a prática que fez no Governo?”, questionou hoje o deputado e vice-presidente da bancada socialista João Paulo Correia, a propósito do debate marcado pelo PSD na Assembleia da República sobre ‘A qualidade dos serviços públicos’.
PS acusa PSD de “apagão de responsabilidades”

O socialista acusou mesmo os sociais-democratas de promoverem “um apagão das responsabilidades” que tiveram no anterior governo.

“Foi o período em que os serviços públicos sofreram maiores ataques desde o 25 de Abril”, acusou, referindo exemplos em áreas como saúde, transportes e na justiça, com o encerramento dos tribunais, além dos cortes nos vencimentos dos funcionários públicos.

O parlamentar lembrou o muito que tem sido feito para inverter a situação nas diversas áreas e exemplificou com a Saúde, onde, disse, o executivo já repôs “700 milhões de euros dos mil milhões cortados pelo anterior Governo”.

Na mesma linha, o deputado Luís Testa apontou, com ironia, o dedo ao PSD pela oportunidade da discussão. “Um debate sobre serviços públicos faz tanto sentido que não há semana que não o tenhamos e importa sempre revisitá-lo para que o proponente não se esqueça do estado em que deixou Portugal”, disse.

PSD está num “tímido ato de contrição”

“Estamos perante um tímido exercício de pedir desculpas aos portugueses, ou num ato de contrição de quem tanto mal fez ao país?”, questionou. “A ideia gasta de que a situação financeira tudo justifica, nunca encobrirá a vã tentativa de privatização dos transportes públicos ou consentirá o encerramento de tribunais, a agregação de freguesias, a alienação dos CTT, a extinção de serviços de saúde, o ataque à escola pública, a supressão de linhas ferroviárias e até, pasme-se, o abandono de uma estratégia de investimento, refletida no Portugal 20/20, que agora a direita tanto reivindica”, enumerou.

Luís Testa defendeu que “o serviço público pode-se construir para além do Estado,” mas advertiu que “jamais haverá serviço público se for feito contra o Estado e contra os interesses das populações”. Garantiu ainda que continua a ser objetivo central do PS, com a maioria de esquerda, “fortalecer o Estado para que se continuem a recuperar os níveis de prestação do serviço público”.

Para isso, recordou, que desde que o PS está no Governo já se reabriram 20 tribunais encerrados e foram admitidos 380 magistrados e 400 oficias de justiça, foram admitidos mais de 1000 operacionais e adquiriram-se 250 viaturas e sete meios aéreos para o dispositivo de combate a incêndios. Mas não só. O deputado frisou também que foi este Governo que voltou a apostar na loja do cidadão, com 17 novas lojas, criou a morada única digital, o IRS automático, o Simplex + e o espaço empresa.

“Em três anos fizemos isto e muito mais”, atestou. “A nós no PS não nos basta pôr em marcha o país que a direita colocou em suspenso, interrompendo esta grande obra que se chama Portugal”, concluiu.