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“O PSD não está preparado para governar o país num momento tão exigente como o atual”

“O PSD não está preparado para governar o país num momento tão exigente como o atual”

O porta-voz do PS acusou hoje o PSD de ter um programa eleitoral que revela impreparação e incompreensão face aos desafios do processo de consolidação orçamental e que é um conjunto de “mera proclamação de objetivos”.

Fernando Medina falava aos jornalistas em conferência de imprensa, depois de o Conselho Nacional do PSD ter aprovado esta madrugada as linhas gerais do programa eleitoral com uma esmagadora maioria de votos favoráveis.
Na sua declaração inicial, o porta-voz do PS começou por dizer que o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, de “continuar a fragilizar a imagem do país perante o exterior”, advertindo que “a luta política deve ter limites”.
Em relação às linhas gerais de programa eleitoral do PSD, Fernando Medina disse que esse documento provoca “surpresa, porque, ao fim de seis anos na oposição – e depois de abrir uma crise política de forma impensada -, o que se vê são anúncios de simples preparação de propostas”.
“É pouco, muito pouco para quem tem a ambição de governar Portugal e mostra que o PSD não pensou quando abriu esta crise política e que o PSD não está preparado para governar o país num momento tão exigente como o atual”, considerou Fernando Medina.
Ainda de acordo com o porta-voz do PS, com o documento aprovado em Conselho Nacional, os sociais-democratas demonstraram que “não compreenderam ainda o desafio que está colocado ao país, aos portugueses e às diferentes forças políticas, porque não respondem à questão central de como fazer a consolidação orçamental”.
“O país não precisa de generalidades, de linhas de intenção e de meras proclamações de objetivos. O país necessita com urgência de medidas concretas que traduzam de forma eficaz a forma como Portugal vai atingir os seus objetivos de consolidação orçamental”, contrapôs o porta-voz socialista.
Fernando Medina acrescentou depois que os parceiros europeus espera de Portugal “respostas concretas, porque está em causa a estabilidade da moeda única”.
“É isto que neste momento os mercados financeiros exigem e é isso que neste momento não temos e não vemos da parte da oposição. Num momento em que a crise política agravou de forma significativa as condições de financiamento da nossa economia, esta omissão do PSD é grave e penalizadora do país”, disse, numa alusão à sistemática subida das taxas de juro do Estado Português.