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Nações Unidas: Desempenho de Portugal nas migrações é “motivo de orgulho”

Nações Unidas: Desempenho de Portugal nas migrações é “motivo de orgulho”

A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, defendeu em Nova Iorque, onde participou no Fórum das Nações Unidas, que o desempenho de Portugal face ao Pacto Global das Migrações, que lhe valeu a distinção de “país campeão” nesta área, é “motivo de orgulho”.

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Ana Catarina Mendes, Nações Unidas

“Fomos um dos primeiros países a ter implementado no plano nacional o Pacto Global das Migrações, assim como os seus objetivos, motivo pelo qual estamos hoje nos ‘países campeões’ em políticas de integração e de acolhimento de migrantes e julgo que isso deve ser motivo de orgulho para Portugal”, disse a governante, à margem da sua participação no Fórum Internacional de Análise das Migrações, promovido pela ONU, do qual fez um balanço “positivo”.

Ana Catarina Mendes destacou ainda, em particular, as novas exigências e desafios que o cenário de guerra na Ucrânia levantou a nível de fluxos migratórias, enfatizando a necessidade de um “trabalho em rede”.

“Depois de uma pandemia como a que tivemos, e depois deste cenário de guerra que estamos a viver, novas exigências se colocam, novos desafios se colocam, novos fluxos migratórios vão surgir e aquilo que é preciso é que haja um continuar do esforço que Portugal tem vindo a fazer ao longo dos anos, e em particular nestes quatro anos”, reforçou.

De acordo com a ministra, este trabalho deve ser feito em rede, com a sociedade civil, com as organizações no terreno e também com o poder local, de forma que Portugal tenha cada vez mais e melhores condições para quem chega e quem quer viver no país.

“Desde logo no acesso aos serviços públicos e na barreira linguística, com o facto de continuarmos a apostar na aprendizagem do Português como língua de integração e de continuarmos a melhorar os nossos acordos de mobilidade laboral, que significa não só o número de contribuinte na hora, como fizemos recentemente com o número de saúde, mas também o número de segurança social na hora, que permite uma integração mais rápida no mercado de trabalho”, deu como exemplo, tendo anunciado, no seu discurso perante o Fórum, a regularização de mais de 167 mil cidadãos estrangeiros e a vacinação contra a Covid-19 de 600 mil migrantes em Portugal.

Da sessão de quinta-feira, momento em que o fórum entra no seu penúltimo dia, a ministra disse que se pode esperar, sobretudo, “um olhar para a frente”, destacando a necessidade de “continuarmos a reforçar a nossa política de migração”, advogando que “Portugal tem nesta matéria exemplos de boas práticas que devem ser seguidos e que devem continuar a ser melhorados”.

O Fórum internacional de Análise das Migrações constitui a primeira avaliação ao Pacto Global de Migração Segura, adotado em dezembro de 2018 com o objetivo de fortalecer a cooperação internacional para uma “migração segura, ordenada e regular”.

Após a assinatura do acordo, os Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) comprometeram-se a organizar, a cada quatro anos, um encontro para discutir os progressos relativos à sua implementação, sendo este o primeiro encontro com esse objetivo.

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