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Madeira e Açores são duas faces distintas da autonomia

Madeira e Açores são duas faces distintas da autonomia

Na deslocação que efetuou aos Açores, no final da última semana, o candidato do Partido Socialista às eleições regionais da Madeira, Paulo Cafôfo, realçou o modelo de desenvolvimento que tem vindo a ser posto em prática no arquipélago vizinho, que disse ser revelador das claras diferenças entre o uso da autonomia nas duas regiões insulares do país.
Madeira e Açores são duas faces distintas da autonomia

Segundo apontou o candidato socialista, a situação nos Açores “é, não só, uma afirmação da autonomia, como uma afirmação do desenvolvimento”, referindo que “a autonomia, para se afirmar politicamente, precisa de ter uma sustentabilidade, que é precisamente o desenvolvimento económico e o bem-estar económico das populações”.

Entre os exemplos de boas práticas que assinalou, começando pela saúde, referiu que enquanto o Governo Regional da Madeira desinveste nos cuidados à população com cortes de 12 milhões de euros, o executivo açoriano reforçou as verbas destinadas a este setor em 2019, com vista à melhoria da acessibilidade dos açorianos ao Serviço Regional de Saúde.

Investimento este que tem sido visível no Centro de Saúde da Madalena, na Ilha do Pico, e no novo Hospital Santo Espírito, em Angra do Heroísmo. Duas unidades de excelência, a última classificada pela DECO e distinguida como o melhor serviço de urgências do país.

Um outro exemplo, como apontou, está na questão do turismo e da mobilidade. O Executivo de Vasco Cordeiro adjudica, neste momento, 13 milhões de euros à promoção do turismo e da região enquanto destino, dando-lhe um grau de importância que não se compara aos 8 milhões investidos por Miguel Albuquerque na Madeira.

Tal como relevou Paulo Cafôfo, a evolução do turismo nos Açores é notória e tal deve-se precisamente às acessibilidades que foram criadas pelo Governo da região e às quais se junta a criação do modelo de liberalização. Esta última medida tem, aliás, conduzido ao aumento de rotas nos Açores e ao aumento do número de viagens.

“Ao terem uma base da Ryanair, possibilita que tenham seis voos semanais a partir da ilha Terceira, mas de Ponta Delgada existem seis voos diários, o que significa um grande impulso para o turismo, coisa que não acontece na Madeira”, afirmou Paulo Cafôfo.

De acordo com o candidato socialista, o Governo Regional liderado pelo PSD nada mais tem mostrado do que uma extrema passividade, sem qualquer esforço para garantir a entrada de mais uma companhia aérea na linha da Madeira.

Em contraste com a execução do orçamento dos Açores, que em 2018 cumpriu os objetivos assumidos pelo Governo e conseguiu ainda superar as metas traçadas em termos de investimento público e um acréscimo das receitas próprias e da autonomia financeira da região, na Madeira “continua-se a assistir ao desinvestimento e à falha constante para com os madeirenses e porto-santenses e para com a própria autonomia”.

“Mantém-se a postura de apontar o dedo à República e de exigência de resolução de questões que competem ao Governo Regional. De nada vale continuar a gritar por autonomia e nada fazer para lhe dar o uso devido”, salientou o candidato socialista madeirense.