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Carlos César: Bons resultados económicos são esconjurados pela oposição

Carlos César: Bons resultados económicos são esconjurados pela oposição

O presidente da bancada do PS salientou hoje, durante o debate quinzenal no Parlamento, os excelentes resultados económicos alcançados pelo Executivo, criticou os partidos da direita pela sua atuação, enquanto Governo, no caso dos offshores, e garantiu que o PS vai continuar a lutar pela igualdade, uma vez que é “um grande partido das mulheres portuguesas”.

Carlos César congratulou-se com o “percurso positivo” da economia portuguesa confirmado pelos últimos indicadores económicos e sociais, “apesar, por exemplo, das previsões do Conselho das Finanças Públicas que em meados do segundo semestre de 2016 dizia que vários indicadores do PIB estavam em regressão e que o emprego estaria a diminuir”.

“Provou-se, assim, que as previsões e sobretudo o trabalho desenvolvido pelo atual Governo fez com que a nossa economia crescesse, que o nosso investimento crescesse, que a confiança dos empresários crescesse, que a confiança dos consumidores crescesse, que o emprego crescesse e que o desemprego diminuísse. Esse é um património indiscutível do atual Governo”, considerou.

Carlos César sublinhou que nada do que foi alcançado “caiu do céu”, explicando que tudo aconteceu “com a ação do Governo, que a oposição esconjurou”. “Conseguimos melhor e vamos fazer ainda melhor”, garantiu.

Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque sabiam do caso offshore

O líder do parlamentar do PS acusou, também, o anterior Executivo de direita de ter tido “uma opção política” na questão da transferência dos dez mil milhões para paraísos fiscais, tendo desenvolvido uma “política fiscal de perseguição dos cidadãos”.

Carlos César registou que Paulo Núncio, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais da altura, começou por se “excluir de responsabilidades e acaba por se culpabilizar”, começou “por dizer que tinha dúvidas e acaba por dizer que a transparência beneficia o infrator”. “Não tarda que se perceba que o que a ministra das Finanças sabia, o primeiro-ministro de então não podia também deixar de saber”, sugeriu.

O presidente do PS atacou, ainda, o líder do PSD pelas falhas da regulação e supervisão bancária na altura em que era primeiro-ministro: “As falhas da regulação e da supervisão foram, em segunda instância, também falhas da governação, que é como quem diz falhas dele próprio, do PSD e do Governo que integrou”. E, porque “as palavras são para usar”, Carlos César defendeu que “não é falta de cultura democrática reiterar o entendimento de que o Banco de Portugal não foi suficientemente atento, não agiu atempadamente tal como o Governo anterior”.

Líder parlamentar invoca progressos em matéria de igualdade

Na data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, Carlos César lembrou  também os “muitos progressos alcançados nos últimos anos” em matéria de igualdade, como “na lei da paridade, nas questões envolventes da saúde sexual e reprodutiva, nas questões do combate à violência e ao tráfico de seres humanos, em matérias laborais, da licença de parentalidade, da conciliação da vida profissional e familiar, do reforço dos abonos de família”.

O líder parlamentar do PS revelou que se perspetiva “uma representação mais equilibrada do género nos órgãos de gestão das empresas do setor público e das empresas cotadas em Bolsa, o fim de restrições à lei da paridade nas pequenas freguesias e municípios no âmbito da legislação eleitoral autárquica, a definição de uma estratégia de educação para a cidadania em que relevam as questões de igualdade do género, a regulação das responsabilidades parentais em situação de violência doméstica, e o combate à violência no namoro ou às desigualdades salariais”.

“O Partido Socialista envolver-se-á nestes processos com sentido de contemporaneidade, com sentido de responsabilidade e com humanismo. O humanismo que informa quem não se conforma, é essa a história que queremos para nós para continuarmos a ser um grande partido das mulheres portuguesas”, declarou.

Carlos César assumiu, ainda, o PS “como o grande partido da descentralização de agora e da descentralização do futuro”.

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