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António Lacerda Sales: “Este é um Orçamento de consolidação e de reforço do SNS”

António Lacerda Sales: “Este é um Orçamento de consolidação e de reforço do SNS”

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, defende que a proposta de Orçamento do Estado para 2021, ontem aprovada na generalidade na Assembleia da República, é de “reforço e de prioridade” do Serviço Nacional de Saúde.
António Lacerda Sales: “Este é um Orçamento de consolidação e de reforço do SNS”

Salientando que o ano de 2020 tinha sido já marcado por “um reforço orçamental importante”, acrescido no orçamento suplementar, em função da resposta à pandemia, o governante destacou, na proposta para o próximo ano, um aumento de 1.210 milhões de euros destinados ao setor da saúde.

Um esforço, refere António Lacerda Sales, que se traduz num conjunto de medidas concretas, como a contratação de mais 4.200 profissionais, o reforço do INEM e do Programa de Saúde Mental, a criação de um subsídio extraordinário de risco para os profissionais na linha da frente de combate à Covid-19, a dispensa de pagamento de taxas moderadoras, o aumento do investimento nos cuidados primários e continuados, ou a construção das novas unidades hospitalares no Alentejo e no Seixal.

“Este é um Orçamento de consolidação e de reforço do SNS”, sublinha.

Novas medidas serão mais circunscritas no território

Em entrevista ao podcast do PS ‘Política com Palavra’, conduzida pelo jornalista Filipe Santos Costa, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde advogou ainda que o novo conjunto de medidas de controlo da pandemia, a serem definidas nos próximos dias, deverão, sobretudo, ter em conta um modelo uniforme, para que “não haja grandes discrepâncias” e que permita dar a “maior segurança e confiança” possíveis às populações.

“Todos os países da Europa estão neste momento a tentar estabilizar um determinado modelo que pode comportar muitas variáveis”, disse, explicitando que a incidência de casos nos últimos 14 dias, os novos casos confirmados por 100 mil habitantes, as faixas etárias mais atingidas ou a pressão sobre os hospitais serão algumas das variáveis a ter em conta, acrescentando que o modelo a adotar deve ter também “o consenso da grande maioria dos intervenientes” das áreas da saúde, proteção civil, das autarquias ou segurança social.

Sobre a incidência das medidas restritivas a tomar, António Lacerda Sales adiantou que, face à evolução de uma segunda vaga global da epidemia, “todos os países vão começar a adotar medidas de restrições ao nível territorial, mais circunscrito”, sendo este também o caminho que Portugal deverá seguir: “Essas restrições serão com certeza ao nível mais dos territórios, para que outros territórios que não estão tanto sobre pressão possam respirar do ponto de vista económico e social”.

“Penso que as medidas têm que se adaptar aquilo que é em cada região a própria evolução e os próprios dados epidemiológicos”, concretizou o secretário de Estado, salientando que o Governo tem vindo a saber tomar “as decisões certas no momento certo, de forma dinâmica e flexível”, à medida das necessidades de resposta.