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Açores fizeram “percurso extraordinariamente significativo”

Açores fizeram “percurso extraordinariamente significativo”

“A verdade é que foi necessário reformular a rede existente do ponto de vista hospitalar, dos cuidados primários e dos centros de saúde”, afirmou Carlos César no início da sua intervenção no Fórum Serviço Regional de Saúde, que decorreu na passada sexta-feira, no Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel.
Carlos César congratula-se com avanço do projeto de ampliação do aeroporto da Horta

O antigo presidente do Governo Regional, entre os anos de 1996 e 2012, debatia assim o tema ‘Serviço Regional de Saúde: um constructo da Autonomia dos Açores’, afirmando estar longe de concluído esse caminho e essa progressão.

“Estes processos fundacionais são matérias sempre inacabadas”, afirmou o também Presidente Honorário do PS/Açores, acrescentando ainda haver “outras dimensões de realização que mostram como, independentemente das flutuações partidárias, os Governos vão prosseguindo, aproveitando vantagens e corrigindo erros de períodos antecedentes”, dando como exemplo o Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), “símbolo de como os Governos vão sucedendo e a obra vai prosseguindo”.

Numa referência ao período em que se manteve à frente do Governo Regional, Carlos César recordou a entrada em funcionamento do HDES, a construção do Hospital do Santo Espírito na ilha Terceira e a remodelação do Hospital da Horta, admitindo terem assumido “essas responsabilidades como parte integrante do acervo autonómico e das competências que nos estão atribuídas”.

Durante a iniciativa da secção Regional dos Açores da Ordem dos Enfermeiros, e apesar dos progressos verificados, o Presidente Honorário do PS/A, lembrou ainda a taxa de mortalidade que em 1995 colocava os Açores como a região do país onde era mais elevada, contrapondo aos dados de 2012 “em que eramos a região com a menor taxa”.

“Nós hoje temos um Serviço Regional de Saúde capaz, com expressão significativa em prestação de cuidados em todas as ilhas, com a reorganização dos regimes de referenciação, com melhoria de gestão, especialmente ao nível interno”, referiu Carlos César, acrescentando que se observa agora uma “cultura de exigência muito forte e uma pressão no plano político no campo da saúde”.

Referindo-se aos indicadores dos 16 anos em que se manteve à frente do Executivo açoriano, Carlos César referiu assistir-se a progressos, nomeadamente os “mais 51% de médicos, mais 89% enfermeiros, mais 79% técnicos de diagnóstico e terapêuticos, mais 89% consultas de especialidade, mais 52% de cirurgias e mais 61% deslocados entre ilhas”.

“Eu partilho esta conquista. O Serviço Regional de Saúde, e o direito à saúde, ainda é uma conquista”, afirmou.