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Açores apontam ao reforço de parcerias de investigação no Pacífico

Açores apontam ao reforço de parcerias de investigação no Pacífico

A experiência e o conhecimento acumulados pelos investigadores dos Açores, no atual contexto do desenvolvimento de uma economia azul assente no conhecimento científico e na boa governação, posicionam a região para assumir lugar de destaque na intensificação de projetos comuns entre a União Europeia e os territórios insulares do Oceano Pacífico, defendeu, em Vanuatu, o eurodeputado socialista Ricardo Serrão Santos.
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O deputado açoriano foi um dos 12 parlamentares europeus presentes no 14º Encontro Regional do Pacífico da Assembleia Parlamentar Conjunta dos países de África, Caraíbas e Pacífico (ACP) e da União Europeia, que teve lugar em Port Vila, dedicada às questões do clima, dos oceanos e do desenvolvimento sustentável.

Serrão Santos, que interveio nos painéis ‘Perspetivas do Pacífico sobre as mudanças climáticas’ e ‘A economia azul e a governação marinha’, lembrou que “os Açores, através de investigadores do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores têm uma já longa ligação aos países ACP”, sustentando que este trabalho abre perspetivas de reforço de parcerias de investigação, em linha, aliás, com o objetivo de desenvolvimento sustentável da ONU, “que defende a valorização do contributo da biodiversidade para o desenvolvimento dos países, em particular dos pequenos estados insulares e países menos desenvolvidos”.

Esta prioridade estratégica em torno da economia azul e do uso sustentável do mar, salientou, “abre novas oportunidades, em especial nos pequenos estados insulares”, destacando a experiência dos Açores, que têm registado um crescimento assinalável ao nível do turismo ligado ao mar.

O deputado, que também é coordenador dos socialistas europeus para a área das pescas, defendeu ainda algumas das prioridades europeias nesta matéria, como o combate à pesca ilegal, não reportada e não regulamentada, e par da necessidade de cumprir os objetivos para o desenvolvimento sustentável e lutar contra as alterações climáticas globais.

“Há diversos Estados-membros da ACP que estão particularmente vulneráveis às alterações climáticas globais, quer na sua componente de subida do nível médio das águas do mar, quer na componente da instabilidade meteorológica. A União Europeia está e estará na linha da frente para lutar contra as alterações climáticas e na solidariedade para com os países ACP”, concluiu Ricardo Serrão Santos.