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Vivemos no “tempo da coragem para a construção de uma democracia de confiança”

Vivemos no “tempo da coragem para a construção de uma democracia de confiança”

António José SeguroAntónio José Seguro acusou o Governo de coligação PSD/CDS de prometer uma coisa e fazer outra, ameaçando a democracia, e lembrou que o “ideal europeu é de união, não de divisão”.

Nas comemorações dos 40 anos do 25 de abril, o secretário-geral do PS, discursando no Parlamento, lembrou todos os “portugueses que passam por enormes sacrifícios, estão desempregados, vivem em situações de pobreza, foram obrigados a emigrar, e que vivem hoje pior do que viviam ontem”. Considerou, pois, que “a verdadeira regra de ouro” é a dignidade humana.

António José Seguro acusou o Governo de ameaçar a democracia, o Estado Social e a matriz do ideal europeu, uma vez que “prometem uma coisa e fazem outra”, e “não assumem as suas verdadeiras intenções, nem as consequências das suas políticas”. Acrescentou que o Executivo tem um pensamento, “contrário à liberdade”, que “esconde o maior ataque dos ultraliberais ao Estado Social e ao ideal europeu”. O líder socialista afirmou que a “mão invisível, de que os ultraliberais tanto falam”, empobreceu “os portugueses, aumentou as desigualdades e está a destruir a classe média”.

O secretário-geral do PS afirma que é necessário “lutar contra esta nova cortina de ferro com que tentam dividir-nos entre países cumpridores e países incumpridores”, uma vez que “o ideal europeu é de união, não de divisão”.

António José Seguro considerou que “este é o tempo da coragem. Da coragem para a construção de uma democracia de confiança”, que respeite e dê segurança aos portugueses, que desenvolva uma economia de mercado que não seja à custa dos direitos dos trabalhadores, que fale verdade aos cidadãos. Para o líder socialista, “enquanto há vida há alternativa”.

No seu discurso, Seguro lembrou que o 25 de abril “foi o resultado das decisões arriscadas de patriotas, que naquela madrugada, com ousadia, com generosidade e com desprendimento, agiram e derrubaram uma ditadura”. Por isso, agradeceu a todos os “Capitães de Abril” pela coragem, generosidade e pelo desprendimento.