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Vieira da Silva: Diálogo social e negociação não transmitem abdicação

Vieira da Silva: Diálogo social e negociação não transmitem abdicação

O Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, não aceita que o Governo socialista seja arrogante devido àsgreves e reivindicações dos sindicatos. O membro do Governo faz mesmo uma distinção entre o diálogo social e abdicação e lembra ainda, que o rigor é essencial para a sustentabilidade dos progressos alcançados.

“A conflitualidade não é necessariamente um sinal de crise, nem a apatia social é um sinal de progresso. O exercício legal dos direitos laborais dos trabalhadores faz parte da democracia e é até mutas vezes sinal de vitalidade”, disse Vieira da Silva.

O socialista defendeu que o Governo tem “consciência de que alguns desses conflitos estão a gerar um custo pesado para uma parte dosportugueses – em alguns casos custos significativos” – e que o seu executivo também percebe “que, após um período longo de restrições, as pessoas tenham agora expectativas de melhorias nas suas condições de trabalho”. O Ministro do Trabalho não aceita que Governo socialista esteja agora, no final da legislatura, a adotar uma atitude de arrogância perante o movimento sindical.
“Não podemos confundir rigor e exigência com arrogância. Arrogância seria considerar, só porque estamos próximos de eleições, que poderíamos ter uma política que não respeitava regras essenciais para que Portugal possa ter sucesso”, contrapôs Vieira da Silva.
Em todas as áreas sociais, “o Governo tem feito movimentos de aproximação, mas nem sempreos parceiros [sindicais] o fazem também”.
“Agora, movimentos de aproximação não são movimentos decedência à posição da outra parte quando há um conflito, porque isso não é convergência, não é negociação, mas, sim, uma abdicação. E o Governo não vai abdicar daquilo que considera ser o mais adequado para cumprir os seus compromissos internos e externos”, adiantou.
“O Governo mantém-se fiel a uma agenda de progresso sustentável e as ambições do PS antes das eleições são as de continuar a governar Portugal o melhor possível. Os resultados que temos alcançado são importantes em matéria de emprego, investimento externo, exportações,equilíbrio orçamental – e esta semana ficámos a saber que houve progressos sociais muito significativos com a maior taxa de redução da pobreza desde queexiste uma série europeia”, referiu.
“Tentamos minimizar os efeitos dos conflitos, procurando que possam ser ultrapassados. Julgo que a experiência histórica mostra que as fases finais das legislaturas são períodos em que diferentes atores procuram valorizar as suas posições”, finalizou.