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“Um dos sucessos desta governação é não anular as diferenças entre os partidos e devem manter esse espaço.”

Numa entrevista ao jornal Expresso, Pedro Nuno Santos faz o balanço destes oito meses de governação afirmando que com esta solução governativa “Conseguimos voltar a trazer esperança aos portugueses. O povo português voltou a acreditar que pode ter futuro em Portugal. Estamos a provar que é possível viver melhor em Portugal, quando a direita nos disse durante quatro anos que não era possível”.

“É a diferença entre a previsão que faziam na primavera e os 2,5% que querem que atinjamos agora”

Sobre o tema das sanções, e a conclusão do processo, Pedro Nuno Santos explica que os 450 milhões de euros que a Comissão Europeia aponta para a correção do défice é a diferença entre a as previsões revista na primavera da própria Comissão Europeia para o défice português, que era de 2.7%, e o valor recomendado agora, de 2.5%. “É a diferença entre a previsão que faziam na primavera e os 2,5% que querem que atinjamos agora” afirmou Pedro Nuno Santos, “e entendemos que conseguimos atingir esses 2,5% só com as medidas de consolidação previstas e os mecanismos de controlo como as cativações”, concluiu.

Ainda referente ao final do processo das sanções, Pedro Nuno Santos abordou a questão dos fundos europeus explicando que este processo ainda não se encontra finalizado e que o mesmo “Exige também um diálogo com o Parlamento Europeu” mas que Portugal se encontra otimista com o resultado final “pelas mesmas razões que levaram a Comissão Europeia a cancelar as sanções”.

“Não vamos recuar naquilo que já foi conquistado pelo povo português nestes nove meses”

Olhando para o futuro, o Secretário de Estado não vê motivos de preocupação, baseado na experiencia da solução governativa, elogiando o PCP, o BE e Os Verdes  por estes terem, de forma contínua, “apresentado reações muito sóbrias, responsáveis e sérias. Temos hoje à esquerda do PS três partidos que, embora críticos do projeto europeu, colocaram o interesse nacional à frente”. Admitindo que este caminho “é um caminho estreito”, Pedro Nuno diz que é um caminho para continuar a ser percorrido “Não vamos recuar naquilo que já foi conquistado pelo povo português nestes nove meses, e é vontade deste Governo continuar a defender os serviços públicos e o Estado social, recuperar os rendimentos e apostar nos fatores essenciais para o desenvolvimento do país: a ciência e a qualificação dos portugueses e não baixos salários”.

Olhando para o futuro, Pedro Nuno Santos mostra-se esperançoso com o mesmo pois “Estamos a trabalhar seriamente para que seja um Orçamento de avanço que respeite os nossos compromissos europeus e tenha o apoio de toda a maioria de esquerda que temos no Parlamento”. Sem querer adiantar muito sobre o resultado das negociações para o Orçamento de Estado de 2017, sempre foi adiantando que “Em matéria de salários da Função Pública, ao contrário deste ano, em que a reposição foi acontecendo ao longo do ano, em 2017 ela será integral desde 1 de janeiro. Isso é relevante do ponto de vista orçamental. Também em 2017, a sobretaxa e a Contribuição Extraordinária de Solidariedade serão eliminadas para todos”. Ainda sobre ao Indexante dos Apoios Sociais relembrou que “há uma norma programática no Orçamento para 2016 que prevê o seu descongelamento para 2017”

Pedro Nuno Santos teve tempo, ainda, para abordar a relação institucional com o Presidente da República. O governo leva sempre em consideração os argumentos apresentados pelo Presidente, quando este veta um diploma. “Nunca ignoramos as opiniões do Presidente da República” e que o veto do Presidente à reversão da subconcessão dos transportes públicos do Porto (Metro e Sociedade de Transportes Coletivos do Porto) “é um direito” do Presidente da República e que será “analisado com tempo”.

Pode ler a entrevista completa de Pedro Nuno Santos ao Expresso acedendo ao PDF aqui .