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Todos os compromissos serão cumpridos a par da consolidação orçamental

Todos os compromissos serão cumpridos a par da consolidação orçamental

O primeiro-ministro, António Costa, sublinhou esta sexta-feira que nenhuma medida acordada com os parceiros que apoiam o Governo no Parlamento será revista, ou deixará de ser cumprida, em função das metas estabelecidas para a consolidação orçamental.
Todos os compromissos serão cumpridos a par da consolidação orçamental

O líder do Executivo socialista comentou desta forma o debate suscitado em torno das metas orçamentais a serem inscritas no Programa de Estabilidade, documento que será hoje apresentado publicamente, lembrando que os compromissos assumidos com os parceiros de esquerda, e que estão expressos no Orçamento do Estado, são compromissos sobre políticas e medidas, e que estas serão integralmente cumpridas.
“Não há nenhuma medida ou política que vá ser revista para se cumprir o défice. O défice será cumprido, cumprindo tudo aquilo com que nos comprometemos com os portugueses, com o PEV, PCP e Bloco de Esquerda”, garantiu, sublinhando que se há marca que os portugueses podem reconhecer neste Governo, é que “não damos o dito por não dito”.
António Costa referiu-se a este tema, em Carnaxide, Lisboa, à margem de uma reunião de trabalho na Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), que decorreu esta manhã.

Estado garante meios aéreos
No final do encontro, que foi dedicado à preparação do dispositivo especial de combate aos incêndios florestais, o primeiro-ministro garantiu que os meios aéreos necessários estarão disponíveis no próximo verão, atempadamente e “custe o que custar”, deixando uma advertência a “cartéis” ligados a empresas do sector, pelos quais, vincou, o Estado não se deixará “capturar”.
“É manifestamente evidente que há uma ação concertada por parte das empresas tendo em vista especular à custa da ameaça de risco de incêndio”, referiu.
“Este comportamento é inaceitável do ponto de vista comercial. Espera-se que as autoridades competentes atuem em conformidade e o Governo não se deixará capturar. Portanto, asseguraremos os meios, salvaguardando e protegendo também o dinheiro público, que é aquilo que nos compete fazer”, vincou ainda.
Neste sentido, António Costa deixou a garantia de que o Estado terá os meios necessários, mesmo que as entidades comerciais do sector não alterem a sua postura.
“O Estado não será capturado e teremos os meios aéreos a tempo e horas custe a quem custar – e vai custar, porque não é possível nem aceitável que alguém queira transformar a segurança das populações numa ameaça ao Estado”, declarou o líder do Governo, acrescentando que o Executivo tem vindo a adotar as medidas para que todo o dispositivo esteja preparado.
No final de uma reunião que contou com a presença de comandantes nacionais e distritais, o primeiro-ministro salientou também que, a par da prevenção estrutural, as principais preocupações do Executivo incidem sobre a proteção das populações e a preparação do dispositivo de combate aos incêndios, assegurando que estão a ser adotados as medidas para que este esteja preparado.
“O trabalho de preparação do dispositivo tem vindo a ser feito pela ANPC, visando alcançar a maior eficácia possível em situações de risco de incêndio. Temos de ter um verão de 2018 que não repita o do ano passado e, para isso, é preciso a colaboração de todos”, completou António Costa.