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Tiago Antunes: “A agenda de resposta a esta crise é uma agenda à esquerda”

Tiago Antunes: “A agenda de resposta a esta crise é uma agenda à esquerda”

O secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Tiago Antunes, afirma que a resposta aos desafios que o país tem pela frente, para fazer face à crise económica e social resultante da pandemia, tornam ainda mais exigente uma capacidade de compromisso para um entendimento político sólido e duradouro.
Tiago Antunes: “A agenda de resposta a esta crise é uma agenda à esquerda”

“Perante a magnitude dos desafios que temos pela frente e perante a oportunidade única que temos com os recursos que entretanto ficaram disponíveis por força das decisões da União Europeia, é muito importante que haja o tal entendimento sólido e duradouro de que o primeiro-ministro [António Costa] falou”, refere o governante socialista, apontando que este não será o momento para calculismos políticos.

“Aquilo de que Portugal e os portugueses precisam é de respostas – para esta crise económica, social, sanitária – e essas respostas dependem também de condições de estabilidade política”, reforçou.

Em entrevista ao podcast do PS ‘Política com Palavra’, conduzida pelo jornalista Filipe Santos Costa, Tiago Antunes salienta que, tal como foi possível demonstrar ao país nestes últimos cinco anos, caberá agora também aos partidos da esquerda saberem responder à altura do desafio.

“Se foi possível vencer uma crise económica à esquerda, tem de ser novamente possível vencer esta crise económica à esquerda. E nós não escolhemos as circunstâncias em que somos chamados ao exercício da responsabilidade política, as circunstâncias é que nos escolhem a nós. Temos de estar à altura do desafio”, disse. “Estamos sempre disponíveis para falar com o PSD, mas a agenda de resposta a esta crise é uma agenda à esquerda”, acentuou.

Tiago Antunes assegurou, também, que os compromissos para a legislatura, por parte do Governo do PS, em matéria de alívio do IRS, pela alteração de escalões, e de salário mínimo, visando atingir o valor de 750 euros, mantém-se inalterados, ainda que admita um ajustamento na sua evolução, atendendo ao momento da economia do país.

“Sempre dissemos que o ritmo podia variar, e esta situação obrigar-nos-á a ajustar o ritmo de algumas medidas, mas as metas da legislatura mantêm-se”, concretizou.

Sobre a visão estratégica elaborada pelo gestor António Costa Silva para o plano de recuperação económica do país, que vai marcar a agenda política nos próximos meses, Tiago Antunes destacou os mais de 1.100 contributos que o documento recebeu.

“Pretendemos lançar um amplo debate durante um mês [de 15 de setembro a 15 de outubro] sobre os eixos essenciais do plano para recuperar Portugal e preparar o futuro. Vamos discutir esse plano com todos os partidos”, sublinhou.