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“Sobrevoar a dor das pessoas” é revelador do rumo “lamentável” que o PSD está a trazer à sua campanha

“Sobrevoar a dor das pessoas” é revelador do rumo “lamentável” que o PSD está a trazer à sua campanha

O cabeça de lista do PS ao Parlamento Europeu, Pedro Marques, repudiou ontem o espetáculo “lamentável” que os partidos da direita, PSD e CDS, estão a protagonizar na campanha às europeias, de que é exemplo a exploração dos incêndios florestais de há dois anos e da “dor das pessoas” que foram afetadas.
“Sobrevoar a dor das pessoas” é revelador do rumo “lamentável” que o PSD está a trazer à sua campanha

“Na corrida pelo oportunismo político mais lamentável, Rangel ganhou de longe”, disse o candidato socialista, em Faro, onde interveio em mais um comício de campanha, frisando que “a campanha eleitoral foi longe demais”, depois de a direita, através do “duo Melo– Rangel PSD”, ter introduzido o tema dos incêndios na campanha.

“Rangel escolheu sobrevoar a dor das pessoas e do território. Desiludiu os que lá esperavam, mesmo com dois anos de atraso, uma palavra, um gesto, um momento para ouvir e compreender”, lamentou Pedro Marques, aludindo à ação de campanha do cabeça de lista do PSD.

Paulo Rangel escolheu ontem, como iniciativa de campanha eleitoral, sobrevoar de helicóptero, durante cerca de uma hora, territórios afetados pelos incêndios de 2017. Uma iniciativa que o próprio autarca de Pampilhosa da Serra, eleito pelo PSD, considerou “uma afronta” à população, por parte de quem não se dignou a “pôr os pés” no território.

“Em 2017, podiam ter vindo ao terreno ver o que aconteceu. Agora, vir de helicóptero, em 2019, ver o que aconteceu em 2017 é uma afronta a esta gente”, disse, numa declaração pública, o autarca social-democrata.

Pedro Marques referiu ainda, sobre este episódio, que existe “uma grande diferença entre quem enfrenta a dor” e os que “fazem política de longe e depressa para o espetáculo mediático”.

No comício socialista em Faro, intervieram também Luís Graça, o presidente da Federação do PS/Algarve, que apontou o ‘Brexit’ como um grande desafio para a região, e o atual secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, que sustentou que votar no PS nas próximas eleições europeias “é votar numa agenda de desenvolvimento social, centrada no desenvolvimento sustentável” e numa agenda de inovação e conhecimento.

“Provámos que é possível fazer outro caminho. António Costa provou que é possível no contexto da Europa ter uma governação diferente”, referiu ainda o também antigo presidente da autarquia de Faro.