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Sessão solene do 25 de Abril realiza-se com restrições

Sessão solene do 25 de Abril realiza-se com restrições

A Assembleia da República vai realizar a sessão solene do 46º aniversário do 25 de Abril com a presença de apenas um quinto dos deputados e "um leque limitado de convidados", que estarão nas galerias, de forma a garantir o distanciamento social recomendado, face às restrições impostas pela pandemia de Covid-19.
Sessão solene do 25 de Abril realiza-se com restrições

A decisão foi tomada esta semana, em conferência de líderes, tendo reunido o apoio de uma “maioria clara” das representações parlamentares.

“Depois de vários contactos que houve entre o presidente da Assembleia da República e o Presidente da República entendeu-se que efetivamente haveria um momento de comemorações neste espaço”, anunciou a porta-voz da conferência de líderes, a deputada socialista Maria da Luz Rosinha.

Pedro Delgado Alves, vice-presidente da bancada socialista, considerou, por seu lado, que tomando as “necessárias propostas de salvaguarda” foi possível reunir um “consenso muitíssimo alargado” e manter as comemorações.

“Não havia nenhuma razão para não assegurar a comemoração desta data fundadora da democracia”, defendeu.

A sessão arrancará pelas 10h00 e usarão da palavra, como habitualmente, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, os deputados únicos representantes de partido, os representantes dos Grupos Parlamentares e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que encerrará.

Este ano, dadas as circunstâncias excecionais, não terão lugar as tradicionais cerimónias militares no exterior do Palácio de São Bento, nem o tradicional programa cultural, o Parlamento de Portas Abertas.

Comemorações do 1º de Maio com respeito pelo distanciamento social

Também as comemorações do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, irão decorrer este ano com um especial cuidado de respeito pelas normas de distanciamento social, uma garantia dada pelas centrais sindicais e que o primeiro-ministro transmitiu ontem, na Assembleia da República, por ocasião do debate sobre a renovação do estado de emergência.

Enfatizando que é preciso “ir criando condições” para a progressiva abertura a eventos no espaço público, sempre com a garantia de observar as normas de distanciamento recomendadas, normas essas que, assinalou António Costa, “as centrais sindicais vão garantir nos festejos 1º de Maio e que a Igreja Católica tem prometido garantir – e tem cumprido – nas cerimónias religiosas”.