O líder do PS/Madeira condena a postura elitista e a sobranceria do ainda líder do executivo, que opta por não implementar medidas para atenuar as dificuldades em que vivem muitos madeirenses, quando tem meios para tal ao seu dispor, apontando ao facto de a Madeira ser a região com os rendimentos mais baixos e com uma das mais elevadas taxas de risco de pobreza e exclusão social do país.
Uma situação, como sublinha, que tem vindo a agravar-se com o aumento do custo de vida e que coexiste com as cada vez maiores dificuldades de acesso dos jovens e da classe média à habitação, tendo em conta os preços proibitivos do mercado imobiliário.
Enquanto isto acontece, critica Sérgio Gonçalves, “vemos um Governo Regional que continua a recusar-se a baixar impostos só para amealhar receita fiscal à custa do suor dos madeirenses”, fazendo aumentar, a cada dia que passa, o fosso entre ricos e pobres. “Este regime está a criar madeirenses de primeira e madeirenses de segunda e isso é inconcebível”, denuncia.
O líder socialista vai mais longe e considera que, ainda mais grave, é o próprio presidente do Governo Regional, sabendo do aperto em que vivem muitos milhares de madeirenses, à custa das políticas erradas e das prioridades invertidas do seu governo, continuar com a sua postura de arrogância.
Para Sérgio Gonçalves, é urgente mudar de políticas e o PS é o único partido com soluções para os problemas da Região, afiançando que com um governo por si liderado haverá uma redução de impostos em sede de IVA e de IRS, para diminuir os preços dos bens de consumo e para aumentar os rendimentos dos madeirenses. “Ao baixarmos o IVA, o dinheiro vai continuar na Região, mas no bolso das pessoas, que tanto precisam neste momento”, sustentou.
Do mesmo modo, assegura que o Governo do PS irá resolver o problema da habitação, que constitui uma das principais preocupações dos madeirenses. Como frisa, haverá uma aposta na construção de habitação a custos controlados e na reabilitação de casas, quer através do estabelecimento de parcerias com as autarquias, quer através do incentivo à habitação cooperativa, medidas que já constavam do programa socialista em 2019 e que, se tivessem sido implementadas, teriam evitado que se chegasse ao estado atual de jovens impossibilitados de comprar ou arrendar casa e de haver cada vez mais famílias da classe média asfixiadas pelo aumento das taxas de juro dos créditos à habitação. “A prioridade tem de ser garantir condições habitacionais dignas para as pessoas, e não meter 150 milhões de euros no aumento da Pontinha”, sublinhou.
