home

Seguro exige um plano nacional de emprego

ajs_20120224António José Seguro reclamou hoje do Governo a criação de um plano nacional de emprego para combater os números recordes do desemprego em Portugal, sobretudo dos jovens.

“É a altura de o Governo apresentar as suas propostas e criar um plano nacional do emprego que, neste momento de crise, preserve os postos de trabalho que existam e, sobretudo, dê resposta a este flagelo social que se expressa no facto de mais de um milhão e duzentos mil portugueses estarem sem emprego”, afirmou.

Seguro falava, em Freixo de Espada à Cinta, no final do primeiro dia do roteiro que vai fazer por oito distritos do interior do país, e lembrou que desde que foi eleito secretário-geral do PS que tem vindo a “chamar a atenção do Governo para a necessidade de haver medidas concretas que promovam o emprego e em particular o emprego para os jovens portugueses”.

O secretário-geral do PS sublinhou que o que considera “importante é que o país e, em particular o Governo, compreenda que o drama do desemprego é, neste momento o maior drama que atinge os portugueses e, em particular, os jovens e os desempregados de longa duração”.

“E eu que iniciei, neste momento o roteiro pelo interior de Portugal, também aqui constato a necessidade de promover o desenvolvimento e o crescimento económico como fator para preservar o emprego, para criar postos de trabalho, porque só isso é que fixa as populações e sobretudo os jovens”, destacou.

O líder do PS insistiu que nesta matéria existe “uma divergência muito grande” entre ele e o primeiro-ministro, “que considera que a receita para sair da crise deve ser toda do lado da austeridade”.

“E, por isso, vai somando austeridade à austeridade e os indicadores económicos e sociais estão aí: mais desemprego, o nível mais elevado de desemprego na sociedade portuguesa e uma queda da economia”, declarou.

António José Seguro disse que, enquanto líder da oposição, a sua responsabilidade é “apresentar alternativas”, afirmando que o tem feito, nomeadamente propondo a criação de uma linha de crédito de cinco mil milhões de euros para as Pequenas e Médias Empresas e a reprogramação das verbas do Quadro de Referência Estratégica Nacional.

Lembrou ainda medidas de incentivo de anteriores governos socialistas como a redução das taxas de IRC para as empresas sedeadas no interior do país que foi eliminada por imposição da troika, “Mas eu não cruzo os braços e na reunião que tive com a troika propus exatamente que essa medida pudesse ser recuperada porque é uma forma de atrair investimento privado para o interior”.