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Secretário-geral alerta para mais cortes no Estado Social agendados para depois das autárquicas

Secretário-geral alerta para mais cortes no Estado Social agendados para depois das autárquicas

Líder socialista afirma nos Açores que “o Primeiro-ministro tem um objetivo: acabar com o Estado Social”.

Num jantar em Ponta Delgada com os candidatos autárquicos do concelho, António José Seguro apelou esta terça-feira à participação dos eleitores, ao lembrar que “as próximas eleições não são uma dança de cadeiras. Trata-se do vosso futuro, da vossa terra. E é por isso que fico contente por termos candidatos com a qualidade dos que apresentamos nos Açores”, afirmou, referindo-se aos candidatos com quem se tinha reunido durante a tarde e de quem afirma terem como preocupação sempre presente “as pessoas”.

António José Seguro reafirmou a importância da região autónoma para Portugal a vários níveis, desde a especificidade técnica da Universidade dos Açores até à permanência da Base das Lajes como ferramenta de afirmação internacional do nosso país. “O nosso país ganha se tiver nos Açores uma região sólida, desenvolvida e próspera”, diz Seguro, que considera “um crime deixar que o investimento que foi feito ao longo de décadas na Universidade dos Açores se perca”, devido aos cortes programados pelo atual Governo da República.

O líder do PS diz que a Região Autónoma dos Açores é um excelente exemplo de uma autonomia bem gerida, e que se por vezes as pessoas são contra as autonomias regionais “é porque só conhecem a Madeira” e o seu “comportamento complicado”.

No seu discurso, António José Seguro falou ainda do atentado ao Estado Social que está a ser preparado pelo atual Governo da República, afirmando que o Primeiro-ministro faz lembrar a figura do antigo “mangas de alpaca”, que faz cortes cegos, numa tentativa básica de equilibrar as contas, todavia sem grandes resultados: “Conhecem algum exercício orçamental que tenha sido cumprido? Conhecem alguma meta que tenha sido atingida?”. “O que devia crescer, a economia, está a cair. E o desemprego, que devia diminuir, está a aumentar”, conclui.

O Secretário-geral do Partido Socialista falou ainda da questão dos pensionistas, reforçando que “as pessoas que têm reformas, merecem-nas” e que estas reformas são muitas vezes a única fonte de sustento de várias gerações de uma família. Para António José Seguro, ” o que está em causa já não é só uma violação do direito. É uma enorme insensibilidade social”.