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Saúde será prioridade do Governo PS na Madeira

Saúde será prioridade do Governo PS na Madeira

O candidato do Partido Socialista-Madeira (PS-M) a presidente do Governo Regional, Paulo Cafôfo, defendeu que a Saúde será a principal prioridade de um futuro executivo do PS por si liderado na Região.
Saúde será prioridade do Governo PS na Madeira

“Quero aqui reafirmar que a Saúde será a principal prioridade de um Governo Regional liderado por mim, porque garantir o acesso universal aos cuidados da Saúde é um pilar fundamental de uma sociedade democrática», declarou Paulo Cafôfo, acrescentando que é tempo de «pôr fim a uma situação insustentável”.

O candidato socialista falava na IV Convenção dos Estados Gerais do PS-M, que decorreram no passado sábado, no Funchal, exclusivamente dedicadas ao debate sobre a temática da Saúde, inserindo-se na preparação do programa que o PS vai apresentar aos madeirenses nas eleições de setembro próximo.

Na sua intervenção, Paulo Cafôfo deu conta dos números que confirmam o estado em que se encontra o setor na Região, adiantando que, em abril de 2015, mais de 76.000 madeirenses e porto-santenses estavam à espera de cirurgia ou de uma consulta hospitalar, exames radiológicos ou outros exames e que, neste ano, estes valores subiram para mais de 100.000 atos médicos em lista de espera.

“Perante este colapso de um serviço público que já fora exemplar, esperava-se que o novo ciclo prometido pelo atual governo regional trouxesse uma recuperação desejada», referiu, acrescentando que “um Governo que tanto fala de autonomia e dos madeirenses não pode deixar o Serviço Regional de Saúde sem rumo”.

Por outro lado, o candidato socialista disse acreditar na virtude dos sistemas de saúde que um pouco por toda a Europa, no continente e também aqui na Região, consolidaram a sua mais-valia, acentuando que esse modelo tem como pilar central um serviço público capaz de garantir o acesso universal aos cuidados de saúde, em articulação com um setor convencionado ou privado e com as Instituições Privadas de Solidariedade Social, numa lógica complementar e com caráter supletivo.

Mas, sublinhou, essa relação entre o serviço público e o setor privado tem que respeitar escrupulosamente três regras essenciais: ser exemplarmente regulada, publicamente transparente e, sobretudo, que “os interesses do setor privado nunca possam parasitar o serviço público nem desvitalizar económica e financeiramente os nossos hospitais e centros de saúde”.

“A saúde, para nós, nunca será um bem de consumo, mas sim um direito que temos de proteger. É um garante da nossa Autonomia e a nossa Autonomia tem de garantir a melhor saúde para a Região com um modelo que sirva os madeirenses e porto-santenses, todos sem exceção”, afirmou.

Paulo Cafôfo lembrou ainda que o Sistema Regional de Saúde está “subfinanciado há muito tempo”, defendendo que “é fundamental mais investimento”, sendo que “esta opção obriga a recentrar as prioridades que até agora têm condicionado a gestão do orçamento da Região”. Segundo frisou, “a Saúde não pode falhar”, quer aos utentes, quer aos profissionais do setor.

“Vamos reconquistar a confiança de cada madeirense e porto-santense no nosso Sistema Regional de Saúde. Vamos devolver aos nossos excelentes profissionais a motivação e o estímulo para, juntos, recuperarmos o prestígio de um SRS que foi uma bandeira respeitada da nossa Autonomia. Vamos garantir aos madeirenses e porto-santenses que não permitiremos que continuem a ser números esquecidos em listas de espera que nos envergonham. Vamos trabalhar diariamente para que o novo hospital central da Madeira seja uma realidade e não apenas uma miragem eleitoral”, concluiu.