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“Ruído histriónico” da oposição não apaga trajeto bem-sucedido do Governo no investimento público

“Ruído histriónico” da oposição não apaga trajeto bem-sucedido do Governo no investimento público

O vice-presidente da bancada parlamentar do PS Carlos Pereira lamentou ontem, no Parlamento, o “ruído algumas vezes histriónico” sobre o investimento público, principalmente vindo dos partidos da direita “que o afundaram”. O parlamentar lembrou que “nos anos da troica o investimento público caiu sistematicamente”, tendo havido uma “queda histórica acumulada de 85,4%” entre os anos de 2011 e 2014.
“Ruído histriónico” da oposição não apaga trajeto bem-sucedido do Governo no investimento público

“São aliás os mesmos que suspendem obras quase no mesmo tom e na mesma sagacidade com que propõem mais e mais investimento”, atacou o socialista, lembrando o voto favorável dos social-democratas a uma proposta para suspender a construção da linha circular do Metropolitano de Lisboa, durante a votação do Orçamento do Estado para 2020.

No período das declarações políticas, Carlos Pereira garantiu que o “Orçamento do Estado para 2020 marca uma viragem substantiva no esforço do Estado no impulso ao investimento público”, recordando que na anterior legislatura o Governo do PS “encetou um caminho de prudência baseado na ideia que cumprir com o objetivo da normalização das contas públicas, mas, sobretudo, da devolução de melhores condições de vida às populações só era possível com crescimento económico e este tinha de passar sobretudo pelo reforço do investimento privado e das exportações”.

“De resto, logo em 2016 foi muito claro que o principal instrumento de financiamento do investimento público, o PT2020, não estava totalmente preparado para responder às necessidades e, num contexto de falta de recursos, o Governo concentrou-se a preparar o programa que depois o reprogramou, com a oposição apenas do PSD e com o apoio de todo o país”, frisou.

Carlos Pereira explicou que foi por causa da “impreparação do PT2020” que se verificou em 2016 uma “nova queda no investimento público, mas 2017, 2018 e 2019 ficam marcados por uma inversão na queda desse investimento, com crescimento de 37%”.

E deixou uma garantia: “Não estamos eufóricos com os níveis de investimento público, mas não aceitamos lições de quem ancorou lá no fundo as necessidades, quase básicas, de investimento, cujas consequências continuam a atormentar os portugueses”.

OE2020 prevê crescimento de 22% no investimento público

Para 2020, os “objetivos orçamentais são muito claros, com o arranque de projetos há muito esperados pela população em áreas críticas como a mobilidade, com investimentos na ferrovia e com estímulos nunca vistos à utilização de transportes públicos, mas também com esforços concretos na área da saúde e da habitação”, sublinhou.

O Orçamento do Estado para este ano “prevê um novo crescimento do investimento público na ordem dos 22%, procurando assegurar um investimento próximo de cinco mil milhões de euros”, apontou Carlos Pereira.

O deputado notou depois que o PS ainda não observou “nenhuma atitude corajosa e arrojada de mudar as prioridades da despesa”. “A proposta da oposição em relação à despesa foi sempre no sentido da subida e para a receita, por outro lado, foi sempre no sentido da descida. É por estas e por outras que no passado, em vez de quatro orçamentos, tivemos 11” durante o período de governação do PSD/CDS, recordou. Não se tratava de um problema de previsão, “era um problema de governação”.

Carlos Pereira acrescentou que o Executivo do PS tem feito um “trajeto bem-sucedido”, em que o “investimento público foi sempre presente e nunca diabolizado”, com a única exceção para o “ruído” por parte da oposição.