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Resolução dos problemas do Siresp exige serenidade e sentido de Estado

Resolução dos problemas do Siresp exige serenidade e sentido de Estado

Falando ontem aos deputados, em sede de comissão parlamentar, a ministra da Administração Interna explicou que as falhas de funcionamento no sistema de comunicações de emergência (SIRESP) “não são de hoje” e tinham já sido identificadas entre 2012 e 2014.
Resolução dos problemas do Siresp exige serenidade e sentido de Estado

Constança Urbano de Sousa acentuou também que o atual Executivo está agora a implementar as medidas que tinham sido então recomendadas, sublinhando que a resolução dos problemas no sistema deve ser feita com serenidade e sentido de Estado.

“Há falhas de funcionamento do SIRESP [Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal], mas não são de hoje”, disse a governante, ouvida na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, assinalando que o sistema também falhou em 10 ocorrências entre 2012 e 2014, incluindo em quatro grandes incêndios em 2012 e nos incêndios de 2013, ano em que morreram oito bombeiros e um autarca.

Essas falhas no sistema de comunicações de emergência, recordou, motivaram o anterior Governo a encomendar uma auditoria à KPMG, cujos resultados foram conhecidos em 2014.

“Dessas medidas, foram implementadas apenas duas, todas as outras estamos agora a implementar”, afirmou, lembrando também que o Instituto das Telecomunicações vai proceder a um estudo específico sobre o desempenho do SIRESP nos incêndios de Pedrógão Grande.

Constança Urbano de Sousa esclareceu ainda que a rede do SIRESP, embora apresentando falhas, “não falha totalmente”, sustentando que a resolução deverá assentar em duas vertentes: “tornar a rede mais resiliente, ou seja, as suas ligações fixas, mas também dotá-la de sistemas mais redundantes”.

“Existe um problema que tem que ser resolvido com serenidade e sentido de Estado”, advogou.

A titular da pasta da Administração Interna fez ainda questão de sublinhar que o sistema de combate aos incêndios florestais está a funcionar e não merece estar a ser alvo de um “atirar de lama para cima”, lembrando que a maior parte do país está numa situação de seca extrema ou muito severa e que estão a registar-se muitas ocorrências, situação que não é exclusiva de Portugal, estendendo-se a toda a bacia do Mediterrâneo.

“Temos que dar confiança às instituições do Estado e a Autoridade Nacional de Proteção Civil é uma instituição do Estado”, acrescentando que esse apreço reconhece o trabalho e dedicação de bombeiros voluntários, presidentes de câmara, Forças Armadas e forças de segurança.