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Refugiados criam emprego

Refugiados criam emprego

Para além da sua dimensão humanitária, o acolhimento e a integração de refugiados é também uma oportunidade de que o país pode beneficiar para “criar emprego”, defendeu ontem a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, no debate «Espaço europeu de liberdade de circulação e segurança», integrado no ciclo de debates «União Europeia - 30 anos, 10 debates», que assinala o trigésimo aniversário da integração europeia de Portugal.
Refugiados criam emprego

A mensagem da ministra do Governo socialista acontece na semana em que chega ao país um grupo de 37 refugiados e num momento em que a urgência da crise dos refugiados ocupa a agenda europeia, onde Portugal tem procurado marcar uma posição de exemplo e solidariedade, querendo “ser parte ativa de apoio à solução” deste problema comum, recordando as palavras recentes do primeiro-ministro, António Costa.

Numa reunião bilateral mantida com a chanceler alemã, Angela Merkel, à margem do Conselho Europeu realizado no início deste mês, António Costa defendeu a solidariedade que “todos devemos partilhar” no espaço comunitário, vincando que Portugal quer ser parte ativa para a solução.

Na ocasião, António Costa ofereceu o apoio de Portugal para o esforço de integração de refugiados que afeta os países mais pressionados pelos fluxos migratórios, nomeadamente para receber estudantes de nível superior e proporcionar emprego no setor agrícola. “Podemos ter soluções ganhadoras para todos”, sublinhou.

Este grupo de 37 refugiados chega a Lisboa ao abrigo do Programa de Relocalização de Refugiados da União Europeia, acordado em setembro. Vai ser recebido pelas entidades envolvidas nos projetos de integração, como as santas casas da misericórdia, a Câmara Municipal de Lisboa, o Serviço Jesuíta aos Refugiados, o Conselho Português para os Refugiados e a Cruz Vermelha Portuguesa, sendo encaminhados para os locais de acolhimento, situados nas áreas municipais de vários pontos do país.