Redução do desemprego confirma tendência positiva
“Hoje tivemos os dados do terceiro trimestre do INE, que confirmaram de forma muito intensa a tendência positiva da evolução do emprego e do desemprego. Atingimos uma taxa de desemprego de 8,5%, ainda não há muito tínhamos de alguma forma celebrado baixar a taxa de 10%”, afirmou Vieira da Silva, advertindo, no entanto, que a precariedade é “ainda um problema muito sério”.
O INE divulgou esta quarta-feira que a taxa de desemprego caiu para 8,5% no terceiro trimestre, adiantando também que o número de desempregados de longa duração diminuiu 1,9 pontos percentuais face ao trimestre anterior e 5,8 pontos em termos homólogos. Já a taxa de desemprego de jovens (15 a 24 anos) aumentou 1,5 pontos percentuais face ao trimestre anterior, mas caiu 1,9 pontos relativamente ao trimestre homólogo de 2016, para 24,2%.
Segundo o ministro, “mais importante” do que a redução da taxa de desemprego, “é que essa diminuição do desemprego está a ser feita com a criação líquida de emprego”.
“No último ano foram criados cerca de 240 mil postos de trabalho, o que quer dizer que há uma dinâmica muito forte no mercado de trabalho que tem vindo a diminuir o desemprego e a alimentar o crescimento da economia”, concretizou.
Vieira da Silva chamou, no entanto, a atenção para dados que são ainda preocupantes. “A precariedade é ainda um problema muito sério. O emprego com vínculos mais estáveis tem ainda um peso demasiado elevado em Portugal”, considerou.
Já em relação ao aumento do desemprego jovem face ao trimestre anterior, o responsável lembrou que este indicador “tem sempre um ciclo anual”, assinalando que por comparação com o mesmo trimestre do ano passado “há uma descida significativa”.
“O desemprego jovem é muito influenciado pelo final de um ciclo escolar e temos toda a confiança que vai continuar a trajetória descendente”, explicou.
Ainda segundo o INE, a população empregada aumentou 0,9% no terceiro trimestre face ao anterior, para 4,8 milhões de pessoas (mais 42,6 mil), e subiu 3% em termos homólogos (mais 141,5 mil).