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Redução consistente da pobreza e exclusão é objetivo exequível

Redução consistente da pobreza e exclusão é objetivo exequível

O ministro da Solidariedade e Segurança Social assinalou a evolução positiva da redução da taxa de pessoas em risco de pobreza no país, de acordo com os dados revelados pelo Eurostat, considerando existirem condições para que essa redução prossiga de forma consistente.
Redução consistente da pobreza e exclusão é objetivo exequível

“Estes dados apresentam uma melhoria relativamente aos anos anteriores, mas temos condições para continuar a reduzir significativamente a taxa de pobreza nos indicadores de exclusão social”, afirmou José António Vieira da Silva, a propósito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que hoje se assinala.

O governante falava à margem do 10º Fórum Nacional “Trabalho digno: um alicerce para a paz social – combate à pobreza e exclusão social”, promovido pela Rede Europeia Anti-Pobreza ao longo do dia de hoje, na Foz do Arelho, concelho das Caldas da Rainha.

De acordo com os dados mais recentes, ontem revelados pelo Eurostat, Portugal apresentava ainda em 2017 uma taxa de 23,3% de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social, acima da média da União Europeia (22,5%), mas 2,7 pontos abaixo dos índices de 2008. Um indicador que observa, por outro lado, uma melhoria para 18,3% de pessoas em risco de pobreza monetária, após as transferências sociais.

Ciente de que “a realidade é conhecida” e que “continua a preocupar”, o ministro referiu que a criação de emprego e a melhoria de rendimento disponível, a par do reforço das políticas sociais, são os instrumentos que permitem prosseguir o esforço continuado pela diminuição dos indicadores existentes.

Recuperação de emprego e de rendimentos

A este propósito, Vieira da Silva apontou que, entre 2008 e 2015, “desapareceram mais de 600 mil empregos com a crise económica” e, com a retoma, foram recuperados 320 mil, o que significa que “existe menos emprego”, mas “o número de desempregados é mais baixo” do que em 2008, o que também resulta, com o explicou o ministro, pelas centenas de milhares de portugueses que, durante estes anos, “saíram de Portugal à procura de alternativas que não encontravam no país”.

Vieira da Silva adiantou ainda que, destes 320 mil empregos recuperados, a maioria dos postos de trabalho são de pessoas com o 12º ano de escolaridade ou com o ensino superior.

A pobreza nos últimos anos, sustentou, “tem sido contrariada com a forte criação de emprego e com a subida do salário mínimo”.

Neste sentido, o Orçamento do Estado para 2019, disse, “continua a apostar na recuperação de rendimentos”, com “aposta continuada na elevação do salário mínimo e das pensões, o acesso a material escolar gratuito, para diminuir a situação de fragilidade das crianças, e o reforço, de forma significativa, do abono de família para crianças até aos 3 anos”, assegurando ser este um caminho que o Governo quer continuar a percorrer.