Reação do Secretário-geral adjunto do Partido Socialista, José Luís Carneiro, à Mensagem de Natal do Primeiro ministro, António Costa

Primeiro, porque reflete o valor da gratidão, porque é um sentimento que todas as portuguesas e todos os portugueses têm por aquelas e por aqueles, mulheres e homens, que durante os momentos mais críticos desta pandemia entregaram as suas vidas para que todos tivéssemos acesso aos bens e serviços públicos essenciais. Mas fizemo-lo todos enquanto comunidade nacional, coesa, cooperante e solidária garantindo que os mais frágeis tinham um olhar atento das instituições públicas, das instituições privadas e das instituições sociais e, por último, porque há sinais que suscitam a nossa confiança no futuro. O primeiro desses sinais tem que ver com o facto da vacinação chegar mais cedo do que aquilo que estava previsto e, durante 2021, arrancar a campanha de vacinação que tem que contar com o contributo de todos para que, tão breve quanto possível, possamos recuperar as condições de normalidade da nossa vida coletiva. Mas, por outro lado, porque a Europa afirmou a sua solidariedade disponibilizando os recursos financeiros essenciais para fazermos aquilo que temos vindo a fazer com muitas dificuldades e com muito esforço da parte do Governo que foi a de garantirmos, ao longo deste período mais crítico, a salvaguarda dos rendimentos, a proteção do emprego e o apoio às micro, às pequenas e às médias empresas. Esse esforço pode agora ser continuado com os meios financeiros disponibilizados pela União Europeia e podemos, também, cuidar do futuro porque há recursos para desbloquear fatores que, ao serem desbloqueados, permitirão o desenvolvimento social, o desenvolvimento económico, a coesão social, a coesão económica e a coesão territorial. A mensagem de responsabilidade individual e coletiva e, ao mesmo tempo, o apelo ao sentimento de solidariedade entre todos são o suporte essencial para enfrentarmos com confiança o ano de 2021.