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Queremos um país de crescimento que não exclui ninguém e que garante respeito pelos imigrantes

Queremos um país de crescimento que não exclui ninguém e que garante respeito pelos imigrantes

De visita ao distrito de Leiria, Pedro Nuno Santos voltou a defender que “o maior desafio” que o país tem pela frente é o de “modernizar a sua economia”, insistindo que o PS, melhor do que a direita, sabe como fazer crescer e desenvolver a economia. Persistiu ainda na ideia de que o PS “é o partido da construção do Estado social”.

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O líder socialista esteve esta quarta-feira no distrito de Leiria, onde visitou, entre outras empresas na região, uma startup ligada às novas tecnologias, não hesitando em a definir como “um grande exemplo que temos que multiplicar pelo país”, defendendo que também as políticas públicas podem e devem ter um “papel determinante” na ajuda à criação de novos projetos na área tecnológica, contribuindo não só para o crescimento da economia como para o seu desenvolvimento sustentado, ajudando “a reter jovens qualificados no país”.

“Nós sabemos melhor que toda a direita como é que a economia pode desenvolver-se e crescer”, e não é, como garantiu, “com nenhum choque fiscal ou apresentando aventuras fiscais impossíveis de realizar”, que nos atirariam de novo para “o regresso às políticas de austeridade”. Pelo contrário, o que o PS propõe “é avançar com um choque de produtividade e salarial” – um “alimenta o outro”, garantindo que pressuposto a esta ideia está uma “estratégia bem planeada para desenvolver a economia portuguesa”.

De acordo com o líder do PS, que falava num almoço-comício na cidade de Leiria, ao contrário do que a direita e o PSD sempre defenderam, o aumento do salário mínimo nacional, que os governos socialistas passaram dos 505 euros em 2015, para 820 euros em 2023, não só não atrasou o crescimento da economia nem contribuiu para a falência das empresas, como assegurou por diversas vezes o PSD, fora e dentro do Parlamento, como contribuiu para que as empresas começassem a pagar melhores salários, o que não só ajudou a impulsionar o seu próprio desenvolvimento, como ficou provado que o aumento do salário mínimo também ajudou a aumentar a produtividade.

Garantindo que o PS não quer ficar apenas pelo aumento do salário mínimo, mas que trabalhará para que haja, paralelamente, aumentos no salário médio, Pedro Nuno Santos sublinhou, a este propósito, o acordo de rendimentos que o Governo do PS estabeleceu com os parceiros sociais, em que se prevê, nomeadamente, um ritmo de crescimento do salário médio que permitirá atingir em três anos os 1.750 euros, ao contrário do PSD, que prevê chegar a esta quantia só lá para 2030.

Prioridade à economia

Voltando a garantir que o futuro Governo socialista dará toda a prioridade à economia e “aos salários”, erguendo a importância da dignificação profissional e salarial de quem trabalha todos os dias no Estado como outra das prioridades.

O Portugal “que queremos construir é um país inteiro que não exclui ninguém”, lamentando Pedro Nuno Santos que ainda haja quem se esqueça que este é um país de emigrantes “com uma comunidade imensa espalhada por todo o mundo”, pelo que “devemos olhar para quem nos procura para viver e trabalhar com respeito e consideração”.

“Seriam vários os setores económicos que parariam em Portugal caso travássemos a imigração”, disse ainda o líder do PS, lembrando que a criação de riqueza “faz-se com os portugueses que cá vivem e com os imigrantes”, e que a Segurança Social estaria hoje em condições muito difíceis caso Portugal não tivesse estado aberto a receber imigrantes.

“O saldo positivo da Segurança Social, lembrou, é hoje de 1.600 milhões de euros, quantia que representa “o contributo líquido do trabalho dos imigrantes”, ou seja, “40% do excedente da Segurança Social em 2022”.

AD segue o discurso da extrema-direita

No almoço-comício, em que também intervieram o autarca de Leiria, Gonçalo Lopes, e o presidente da Federação do PS, Walter Chicharro, o cabeça-de-lista pelo distrito, Eurico Brilhante Dias, acusou também a AD de começar a fazer o discurso da extrema-direita, explorando a questão da imigração.

Numa alusão ao discurso proferido na segunda-feira pelo ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, em Faro, o líder parlamentar socialista na última legislatura considerou impensável que “um partido democrático fizesse a relação entre gente que trabalha – e que todos os dias constrói este país – e insegurança”.

“A senhora Le Pen fazia isso em França. Quem faz isso é o Vox em Espanha, a AfD na Alemanha e o senhor Salvini na Itália. Isso é mesmo o diabo na nossa democracia”, declarou.

Eurico Brilhante Dias estendeu, depois, as críticas ao presidente do PSD. “Os `não é não, não respondo´ de Montenegro está a transformar-se progressivamente num discurso que pega nas bandeiras da extrema-direita – a extrema-direita antissistema democrático com discurso xenófobo e racista”, apontou.

“Só o PS pode impedir que estas forças tenham poder em Portugal. É preciso mobilizar os democratas. O país precisa que o PS ganhe estas eleições”, sustentou.

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