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Quase 2 mil médicos já aderiram à dedicação plena ao SNS

Quase 2 mil médicos já aderiram à dedicação plena ao SNS

No primeiro mês deste ano, foram quase dois mil os médicos que aderiram de forma voluntária ao novo regime de dedicação plena no serviço público de saúde, logo no primeiro mês da sua entrada em vigor, um valor que o Governo garante “superar a previsão inicial”.

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Para o Ministério da Saúde este é um resultado “muito positivo”, desde que a medida entrou em vigor no início do ano, admitindo que o balanço “pode ser ainda mais assertivo”, uma vez que os dados até ao momento não incluem as adesões da Unidade Local de Saúde (ULS) de Braga. Para já, refere a tutela, o que se sabe é que há “1.853 médicos neste regime”, 259 dos quais com a especialidade de medicina interna, sendo que as unidades locais de saúde que mais adesões registaram “estão sobretudo localizadas no norte do país”.

O regime de dedicação plena, recorde-se, inclui a passagem das 35 horas de trabalho para as 40 horas, com os médicos a fazerem no máximo 250 horas extraordinárias anuais, sendo que os profissionais passam a ganhar, por mês, “mais 25% sobre a sua remuneração base”.

Contratação de até 250 médicos especialistas

Notícia é também o anúncio de que o Governo acaba de autorizar a contratação de até 250 médicos especialistas “por tempo indeterminado”, para reforçar as unidades do SNS, um compromisso, como também é assinalado, que será reforçado na abertura do próximo concurso previsto para março.

O Governo esclarece ainda que este recrutamento se destina não só a jovens recém-especialistas, que por uma ou outra razão “não tenham sido colocados nos últimos concursos”, mas também a médicos “mais experientes” que pretendam integrar o SNS.

Com esta autorização o Ministério da Saúde defende que está não só a contribuir para o reforço da autonomia do SNS, mas igualmente a permitir que seja assegurada maior celeridade no tratamento dos processos de recrutamento de médicos, “nas situações em que tal se revele necessário”, como salienta, “até à abertura do procedimento concursal da época normal de avaliação final do internato médico de 2024, prevista para março”.

Reposição de profissionais com saldo positivo

É ainda destacado que em dezembro passado encontravam-se em funções no SNS 31.307 médicos, entre especialistas e internos, um número que representava “um ganho líquido de mais 286 médicos em relação ao final de 2022”, compensando deste modo o “efeito das saídas por aposentação e por rescisão de contrato”.

O Ministério tutelado por Manuel Pizarro indica ainda que o serviço público de saúde conseguiu, em 2023, a maior taxa de retenção de médicos recém-especialistas dos últimos anos, “com 90% dos médicos que terminaram o internato a ingressar no SNS”, o que veio permitir, como também é sublinhado, que tivesse havido “a reposição do universo de médicos”, apesar das reformas estarem a registar “uma tendência crescente”.

De acordo com o Governo, 1.485 médicos completaram o ano passado a formação na especialidade, sendo que 1.336 foram colocados em hospitais e em centros de saúde, incluindo “359 especialistas em Medicina Geral e Familiar, 10 em Saúde Pública e 1.116 nas diversas especialidades hospitalares”.

Sendo que o SNS em 2023 conseguiu em doze especialidades “uma taxa de 100% de retenção de recém-especialistas”, como foram os casos na área de angiologia e cirurgia vascular, cardiologia, cardiologia pediátrica, cirurgia cardíaca e maxilo-facial, cirurgia torácica, genética médica, medicina desportiva e medicina nuclear, neurorradiologia e ortopedia.

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