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PS tem demonstrado uma posição de grande responsabilidade

PS tem demonstrado uma posição de grande responsabilidade

O Partido Socialista tem vindo a demonstrar uma posição de grande responsabilidade na vida política portuguesa, cumprindo os acordos estabelecidos com os parceiros da esquerda parlamentar e valorizando, ao mesmo tempo, a abertura ao diálogo e aos contributos de todos os partidos para o que considera ser do interesse do país, defendeu o líder parlamentar socialista, Carlos César.
PS tem demonstrado uma posição de grande responsabilidade

Num debate mantido com o líder parlamentar do PSD, no programa 360, na RTP3, Carlos César salientou que aquilo que os portugueses desejam saber “é se os partidos têm bases para se entenderem sobre o que é essencial” para o país, dando como exemplo do compromisso de responsabilidade, que o PS tem sido capaz de assumir, o acolhimento do Governo socialista aos contributos apresentados pelo PSD, uns “coincidentes”, outros “inovadores”, para o Programa Nacional de Reformas.

“Isso demonstra que o PS tem na vida política portuguesa uma posição de grande responsabilidade. Não renega os acordos que fez com os seus parceiros, não renega uma orientação globalmente divergente daquela que foi prosseguida nos últimos quatro anos, mas não renega o valor do diálogo, do consenso e sobretudo das contribuições positivas”, sustentou.

O valor do compromisso é também o que deixa o PS confortável na sua relação com os parceiros da maioria parlamentar de esquerda, que apoia o Governo.

“O PS tem-se entendido sobre o que é essencial para a governação do país com BE, PCP e Verdes”, partidos que têm com os socialistas uma relação “que identificou um conjunto de convergências que transmitem a sustentabilidade que o Governo tem tido na execução das suas políticas e que consolidam a estabilidade que temos conhecido desde que o Governo tomou posse”, referiu Carlos César.

O presidente do Grupo Parlamentar do PS assinalou, a este propósito, várias “zonas de convergência” constantes na moção que o Bloco de Esquerda levará à próxima convenção do partido, como o combate à corrupção e ao crime económico, a coesão territorial, a criação de emprego ou o aumento dos rendimentos das famílias.

“As divergências também foram identificadas em tempo devido, não constituindo novidade para o PS. O que é importante na vida política portuguesa é que cada um saiba valorizar as convergências”, sublinhou ainda Carlos César.

Em relação à proposta de alteração da lei eleitoral, apresentada pelo PSD, Carlos César confrontou o líder parlamentar do principal partido da oposição.

“Temos um compromisso com os nossos parceiros no sentido das questões envolventes do sistema eleitoral não serem consideradas nesta legislatura, um compromisso conhecido do PSD e do CDS, pelo que a sua apresentação é apenas um número para se ver”, disse, em resposta a Luís Montenegro.

Carlos César sustentou ainda que o Governo português deverá insistir junto da Comissão Europeia no sentido de o país “ser isento do processo de défice excessivo”, afirmando ser possível “demonstrar a Bruxelas que a trajetória portuguesa nos deve beneficiar nesse sentido”.

“Os problemas com que eventualmente estaremos colocados são comuns a muitos países que têm défices para além dos 3%, mesmo países que têm economias mais fortes. Tem de haver uma medida equitativa”, defendeu.

“Mas temos uma certeza já”, acrescentou o líder parlamentar socialista, “a de que a Comissão Europeia toma como adquirido que sairemos do processo no decurso da execução do Orçamento do Estado que está em vigor, o que é um fator positivo”, apontando ainda que as mais recentes previsões de Bruxelas revelam “que cresceu o otimismo da Comissão Europeia”, quando comparadas com as previsões feitas em fevereiro.

Carlos César manifestou ainda a convicção de que a Comissão Europeia saberá ter, em relação a Portugal, “uma política de abertura e compreensão”, até porque, salientou, “aquilo que decorre dos resultados de gestão orçamental em curso indiciam claramente que é um esforço muito grande do Governo português para cumprir com as suas previsões”.