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PS saúda “candidatura de consenso” de Frans Timmermans

PS saúda “candidatura de consenso” de Frans Timmermans

O líder da delegação do PS ao Parlamento Europeu, Carlos Zorrinho, saudou a “candidatura de consenso” dos Socialistas Europeus à presidência da Comissão Europeia, protagonizada por Frans Timmermans, sublinhando que a mesma “dará rosto a um programa progressista e de aprofundamento do projeto europeu”.
PS saúda “candidatura de consenso” de Frans Timmermans

De acordo com o eurodeputado socialista, o programa da candidatura centra-se em prioridades – como a reforma da zona euro e a convergência – apoiadas desde o primeiro momento pelo PS, “defendendo os interesses de Portugal numa União Europeia mais forte e justa”, o que contrasta com a candidatura apoiada pelo principal partido da direita portuguesa.

“O PSD apresta-se para apoiar para presidente da Comissão Manfred Weber, que exigiu como líder do PPE no Parlamento Europeu a aplicação de sanções a Portugal”, apontou, sublinhando que “estas distintas dinâmicas expressam o diferente posicionamento do PS e do PSD no quadro europeu”.

Para Carlos Zorrinho, “o PS assume um protagonismo ativo na criação de soluções que ajudem a consolidar a afirmação de Portugal na União Europeia”, enquanto “o PSD mantém a atitude subserviente” que permitiu que tivesse sido imposta ao país, durante o seu Governo, “uma estratégia de empobrecimento fortemente aplaudida por personalidades como aquela que o PSD quer ver agora à frente dos destinos da Comissão Europeia”.

Timmermans convicto na vitória socialista nas europeias e dá Costa como exemplo

O candidato dos socialistas europeus, Jans Timmermans, apresentou em conferência de Imprensa, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, as principais linhas orientadoras seu programa, afirmando a sua convição numa vitória socialista nas eleições europeias do próximo ano e tendo apontado o primeiro-ministro português, António Costa, como um “exemplo de sucesso”.

“Penso que vão ser as eleições europeias mais importantes desde a primeira vez que este Parlamento foi eleito por voto direto, em 1979. Porque desta vez não se trata apenas de conquistar mais lugares aqui ou ali. Esta batalha vai ser sobre a verdadeira alma da Europa”, afirmou.

Segundo Timmermans, nestas eleições europeias haverá “forças políticas que acreditam verdadeiramente que se deve voltar a uma Europa na qual os Estados decidam tudo sozinhos”, e a única forma de combater essa visão é com um programa consagrado a assuntos que preocupam verdadeiramente as pessoas.

“Creio que muito do desencanto com a Europa, muita da atração pelo nacionalismo é porque muitos dos eleitores pensam que o sistema já não trabalha para eles”, algo que é necessário inverter, sublinhou. “Por isso, a mensagem de uma Europa unida é mais importante do que nunca”, defendeu.

Para Timmermans, é necessário oferecer aos cidadãos europeus um projeto que não se limite a palavras e que demonstre, de forma concreta, que é possível criar sociedades mais justas, apontando que “alguns grandes líderes socialistas já provaram que tal pode ser feito”.

“Olhem para a mudança radical de atmosfera em Espanha, depois de Pedro Sánchez se ter tornado primeiro-ministro. Olhem para a mudança radical de atmosfera em Portugal, quando António Costa tomou as rédeas e mostrou até onde poderia ir”, disse, acrescentando também o exemplo do governo socialista sueco de Stefan Lofven.

Na conferência de imprensa participou também o presidente do Partido Socialista Europeu (PSE), Sergei Stanishev, que, tal como havia feito na véspera, dirigiu um agradecimento particular a António Costa, por ter “coordenado o diálogo” que permitiu aos socialistas europeus unirem-se em torno da candidatura de Frans Timmermans, que será confirmada no Congresso do PSE, a realizar entre 6 e 7 de dezembro, em Lisboa.