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PS exige com urgência relatório do grupo de trabalho sobre a reforma dos sistemas de pensões

PS exige com urgência relatório do grupo de trabalho sobre a reforma dos sistemas de pensões

Sónia Fertuzinhos
Sónia Fertuzinhos

A vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, Sónia Fertuzinhos, exigiu hoje que o Governo entregue urgentemente o relatório que encomendou a um grupo de trabalho sobre a reforma dos sistemas de pensões e acusou o executivo PSD/CDS de falta de transparência neste processo.

A deputada adiantou que o PS já entregou um requerimento a solicitar que a Assembleia da República tenha imediato acesso a esse documento, considerando que “o Governo ultrapassou todos os limites de falta de transparência no processo de decisão política, mas também ultrapassou todos os limites na falta de respeito pelos portugueses, desde logo em relação aos pensionistas”. Em causa estão as declarações proferidas na terça-feira, quer pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, quer pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, dando conhecimento da conclusão do relatório sobre a reforma dos sistemas de pensões.  Contudo, segundo uma notícia hoje avançada pelo jornal “Público”, membros do grupo de trabalho nomeado pelo Governo desconhecem as conclusões constantes nesse documento mencionado por Maria Luís Albuquerque e Passos Coelho, alegando que, ao longo dos últimos três meses, se limitaram a emitir opiniões sobre a reforma das pensões.

Para a deputada socialista, estas posições públicas demonstram que o Governo, além de estar “a gerar uma enorme confusão na sociedade portuguesa e uma enorme instabilidade na vida dos pensionistas, os que estão a pagar a maior fatia da austeridade do Governo, revela também uma absoluta falta de transparência na forma como avança as informações relativamente ao que chama reforma da segurança social”.

No requerimento apresentado pelo PS para que o Governo entregue o mais urgentemente possível esse relatório na Assembleia da República solicita-se também que o executivo “clarifique de forma inequívoca a autoria do referido relatório, atendendo às notícias que têm surgido por parte de alguns órgãos de comunicação social, de que (pelo menos alguns) elementos do referido grupo de trabalho desconhecem o documento”.  “O parlamento, mas sobretudo o país e as pessoas que são afetadas por esse documento, têm de conhecer e discutir as intenções do Governo”, sublinhou a dirigente da bancada socialista.