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PS desafia Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque a dar explicações

PS desafia Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque a dar explicações

O vice-presidente da bancada do PS João Paulo Correia desafiou o antigo chefe de Governo e a ex-ministra das Finanças a explicarem o que correu mal na resolução no Banco Espírito Santo, argumentando que os prejuízos no Novo Banco remontam a 2014 e 2015.
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Na sequência do anúncio de que a instituição bancária vai pedir uma injeção de capital de 1.149 milhões de euros ao Fundo de Resolução, João Paulo Correia considerou que “os prejuízos não dizem respeito a 2018, mas são sim explicados por problemas antigos”, que remontam à época da Resolução do BES, em agosto de 2014, e à primeira tentativa de venda em 2015.

“Quem tem primeiramente que dar explicações é o anterior primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, a ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque e Sérgio Monteiro”, então responsável pela divisão dos ativos do banco, disse o deputado socialista em declarações aos jornalistas, na segunda-feira.

“O anterior governo optou por não recorrer à linha de ajuda da troika”, optando antes “por suspender a venda do Novo Banco antes das eleições de 2015, para que o país não pudesse conhecer o que se passava. Se o país e os eleitores soubessem que foi uma má resolução por parte do governo e do Banco de Portugal, não só a saída não teria sido limpa como iria penalizar eleitoralmente o PSD e CDS”, afirmou.

Para João Paulo Correia, também o Banco de Portugal não fica fora das responsabilidades por ter feito uma “deficiente supervisão” de todo o processo.

Quanto à responsabilidade do atual Governo, o deputado considera que o executivo agiu bem tendo em conta que, quando entrou em funções, encontrou um banco “perto da sua insolvência”. Para o deputado, se o Novo Banco não recebesse “uma injeção de capital, não teria capacidade de cumprir os rácios de capital”, obrigando a uma solução “mais dramática”.

Gestão da CGD: PS quer ouvir ex-ministros das Finanças

Esta quarta-feira, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista entregou também, na II Comissão Parlamentar de Inquérito à recapitalização da CGD e à Gestão do Banco público, o requerimento com a lista de entidades que pretende ouvir neste âmbito.

Na lista encontram-se a Ernst & Young, os dois últimos governadores do Banco de Portugal, Carlos Costa e Vítor Constâncio, e os ex-ministros das Finanças Teixeira dos Santos, Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque.

Para além das personalidades que quer ouvir, o PS solicita um conjunto de documentação relacionada com a gestão do banco público à Caixa Geral de Depósitos, ao Banco de Portugal, ao Ministério das Finanças e ao Tribunal de Contas.