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PS acusa Governo Regional de “não responder atempadamente” e “correr atrás do prejuízo”

PS acusa Governo Regional de “não responder atempadamente” e “correr atrás do prejuízo”

O presidente do Partido Socialista-Madeira, Paulo Cafôfo, reiterou ontem as críticas ao Governo Regional pelas medidas avulsas e tardias na resposta ao aumento de casos de Covid-19 na Região, acusando o executivo madeirense de “correr atrás do prejuízo”.
PS acusa Governo Regional de “não responder atempadamente” e “correr atrás do prejuízo”

Em conferência de imprensa realizada na sede do partido, no Funchal, Paulo Cafôfo disse que o executivo de Miguel Albuquerque “não teve a capacidade de, nas últimas semanas, dar a resposta atempada, antecipada e responsável face ao número de casos que já se afigurava como previsível que viesse a aumentar”, lembrando que a época de Natal e Ano Novo sugeria a adoção de “medidas mais restritivas e mais objetivas no combate à pandemia”.

Em vez disso, constatou, o Governo Regional “preferiu ignorar e continuou com o tom acusatório, procurando arranjar culpados para o aumento do número de infeções”.

O líder dos socialistas madeirenses referiu, aliás, que a reação só surgiu após o alerta feito por autarcas – particularmente o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Silva Gouveia – que levou a que o Governo se reunisse apressadamente para tomar medidas.

Segundo Paulo Cafôfo, a falta de planeamento, a desorganização e as medidas avulso, “num correr atrás do prejuízo”, ficaram bem vincadas na questão do regresso às aulas, uma vez que na véspera do início do segundo período o Governo Regional ainda não sabia o que fazer relativamente aos alunos dos concelhos do Funchal, Câmara e Lobos e Ribeira Brava. “Esta trapalhada tem de ser minimizada», garantindo a segurança para as famílias, para os alunos e para toda a comunidade escolar”, com o regresso às aulas em condições sanitárias adequadas, vincou.

Outro exemplo de que as medidas foram feitas em cima do joelho, sem planeamento e não de forma atempada, é o caso do Porto Santo, uma vez que a ilha se encontra em risco elevado de contágio e os alunos, professores e funcionários foram para a escola.

O dirigente socialista apontou também o dedo à falta de transparência e de informação e defendeu que, à semelhança daquilo que acontece a nível nacional, com as reuniões no Infarmed entre o Governo, a Assembleia da República, os partidos políticos e as ordens profissionais, na Região também existam estes encontros, “para podermos ter um maior envolvimento nas decisões que são tomadas e podermos dar o nosso contributo para as medidas que possam vir a ser implementadas”.

Paulo Cafôfo aproveitou ainda para apelar à população para que siga as normas que foram agora decretadas. “O sucesso deste combate passa, em primeiro lugar, por confiarmos nos madeirenses e nos porto-santenses e congregarmos esforços para que este combate coletivo possa ser bem-sucedido, com uma estratégia, com responsabilidade e com muita determinação”, rematou.