Protocolo entre Defesa e Ambiente abre caminho a maior conhecimento dos oceanos

Os protocolos vão permitir a utilização de verbas do Fundo Ambiental para estudar os microplásticos no oceano e o circuito elétrico global que resulta das trocas de calor, humidade e energia entre o mar e a atmosfera.

Na sua viagem de 371 dias à volta do mundo, que deverá terminar em janeiro de 2021, o Navio-Escola Sagres medirá a presença de microplásticos, através da recolha de amostras de água em vários pontos do seu percurso, reunindo elementos para, no final da viagem, mapear as zonas de acumulação e compreender a sua origem.

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, apontou ainda que a Marinha portuguesa já dispõe de dois navios hidrográficos com função científica, tendo afirmado que “há abertura para incluir trabalho científico” em outros navios, sem prejuízo de interferência com “as componentes operacionais”, que terão sempre primazia.

“Do lado da Defesa Nacional, há abertura para um trabalho mais intenso com a comunidade científica para aprofundar o conhecimento sobre os oceanos”, garantiu o governante, que esteve acompanhado na cerimónia pela secretária de Estado do Ambiente, Inês Santos Costa.