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Programa do PS responde aos desafios da próxima década

Programa do PS responde aos desafios da próxima década

O candidato do PS à presidência do Governo Regional da Madeira, Paulo Cafôfo, apresentou ontem, na Ponta do Sol, o programa eleitoral do partido para as eleições legislativas regionais do próximo dia 22 deste mês, apontando a mudança de governo como crucial para o desenvolvimento da Região.
Programa do PS responde aos desafios da próxima década

“Só o PS tem uma estratégia de desenvolvimento para a década na Madeira e Porto Santo”, que resulta de “centenas e centenas de horas de trabalho, que envolveram reflexão, debate, auscultação de outras pessoas da sociedade civil e instituições”, afirmou.

No centro cultural John dos Passos, o candidato socialista à liderança do Governo Regional salientou que esta não é uma candidatura contra ninguém, e sim a favor da Madeira, colocando as pessoas no centro das prioridades e envolvendo-as nas decisões. Neste sentido, salientou a importância dos Estados Gerais, promovidos ao longo do último ano, agradecendo o contributo dos coordenadores das diferentes áreas.

Afirmando que o programa está fechado e que o PS está preparado, Paulo Cafôfo não deixou de se referir aos “Velhos do Restelo da política que acham que não é possível e que nós não vamos conseguir, que não acreditam e não sentem o vento da mudança, o vento da esperança”.

O cabeça de lista do PS-Madeira quer uma “governação progressista e humanista”, com uma Madeira aberta, inclusiva e sustentável, e adianta que o combate às desigualdades é transversal nas linhas do programa eleitoral.

Emprego, Saúde, Qualidade de Vida e Inovação

No programa do PS-M, estão definidos quatro eixos principais: Emprego e Oportunidades; Saúde e Solidariedade; Qualidade de Vida; e Mudança e Inovação.

No que se refere ao primeiro eixo, Paulo Cafôfo apontou as prioridades à criação de emprego, à economia, à educação e à coesão territorial, preconizando uma Região que crie oportunidades. Ainda no campo económico, o incentivo aos setores inovadores, como as tecnologias e a economia do mar, a par da inovação e do investimento nos setores tradicionais, nomeadamente na agricultura, na pesca e no turismo, são outras das linhas de ação do programa do PS.

Por outro lado, e no que se refere ao segundo eixo, Paulo Cafôfo apontou a Saúde como uma prioridade, sublinhando que o Sistema Regional não pode falhar, como tem falhado, indicando também a necessidade de resolver o problema das listas de espera, que se tem vindo a agravar.

No que concerne à área da qualidade de vida, Paulo Cafôfo considerou que é preciso “olhar o ambiente como a nossa garantia de futuro” e afirmou que é possível rentabilizá-lo economicamente, “sempre de uma forma sustentável, para não pôr em causa o seu uso pelas próximas gerações”. Defendeu, por outro lado, a democratização e o acesso à cultura, a qual constitui também um valor económico que não pode ser desvalorizado.

Aperfeiçoamento da Autonomia

Paulo Cafofo defendeu também, na sua intervenção, um aperfeiçoamento da Autonomia, em articulação com o Governo da República.

“Eu acredito que podemos aumentar a Autonomia se nós conseguirmos dar mais benefícios económicos, mais benefícios sociais para todas as pessoas e não só para alguns. E isso vai ser feito, garantindo de uma forma firme esta Autonomia, de uma forma intransigente, mas negociando e articulando com o Estado e a República”, declarou.

Após a apresentação, o candidato manteve um diálogo com os autarcas do Porto Moniz, Emanuel Câmara, da Ponta do Sol, Célia Pessegueiro, do Funchal, Miguel Silva Gouveia, e de Machico, Ricardo Franco, tendo sido ainda realizada uma conversa com um grupo de jovens sobre os desafios e as preocupações que se colocam a esta faixa populacional, como a questão do desemprego jovem e a falta de oportunidades na Região.

Emanuel Câmara, que é também presidente do PS-M, disse que o partido está preparado para ser poder regional, muito fruto do trabalho que tem sido feito pelos autarcas, mostrando-se convicto de que a 22 deste mês o PS vai protagonizar a alternância do poder. “Nós vamos conseguir fazer história”, rematou.