home

Programa de Estabilização cria condições para retoma “mais vigorosa”

Programa de Estabilização cria condições para retoma “mais vigorosa”

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, disse hoje que as medidas do Programa de Estabilização Económica e Social (PEES) vêm dar à economia instrumentos "robustos", perante um cenário expectável, que disse ser "impressionante", de quebra do produto e aumento de desemprego, para uma retoma "mais vigorosa" já em 2021.
Programa de Estabilização cria condições para retoma "mais vigorosa"

“Aquilo que nos parece necessário é que, nesta altura em que o mercado ainda está muito hesitante, as empresas possam ter as melhores condições para reiniciarem a sua atividade, mantendo os empregos e terem as portas abertas, estarem preparadas para o mercado”, afirmou o ministro, à margem da cerimónia de lançamento do Cascais Invest, iniciativa de apoio ao tecido empresarial deste concelho do distrito de Lisboa.

Para tal, Siza Vieira sublinhou que as medidas de apoio ao tecido empresarial, como por exemplo alívios e apoios fiscais ao investimento, são uma forma de permitir que as empresas se concentrem no “essencial, que é irem atrás dos clientes, produzirem bens e serviços que respondam a procura que neste momento existe”.

“Se se mantiverem orientadas, focadas no negócio […], então julgo que 2021 será um ano de crescimento vigoroso”, sublinhou.

Siza Vieira apontou ainda que, sem a adoção das medidas “robustas” que constam do PEES, assim como das medidas já adoptadas num primeiro período de resposta de emergência, a queda do produto e o crescimento do desemprego, previstos para o final do ano, seriam ainda maiores.

De acordo com as previsões macroeconómicas inscritas no Programa de Estabilização, o Governo estima uma queda do PIB de 6,9% este ano, devido à pandemia, prevendo um crescimento de 4,3% em 2021, assim como uma taxa de desemprego de 9,6% este ano, recuperando para 8,7% em 2021.

“Se não tivéssemos adotado aquelas medidas de emergência e não tivéssemos estas medidas de apoio à retoma da atividade económica que agora anunciamos, provavelmente teria havido uma destruição muito maior do nosso tecido empresarial e uma destruição muito maior do emprego, o que teria consequências sociais muito graves, mas sobretudo tornaria a economia incapaz de responder à retoma da procura que esperamos no segundo semestre”, acrescentou.

O ministro da Economia elogiou ainda a forma como a União Europeia se mobilizou e alinhou para a construção de um plano de recuperação económica também “vigoroso”, que permitirá, na sua ótica, a construção de uma Europa “mais competitiva” e “mais justa” do ponto de vista económico.

O Programa de Estabilização Económica e Social, aprovado na quinta-feira passada pelo Conselho de Ministros e publicado no sábado no Diário da República, vigorará até final deste ano para responder aos efeitos da crise provocada pela pandemia de Covid-19.

Adicionalmente, o Governo vai aprovar, já esta terça-feira, a proposta de Orçamento Suplementar, que refletirá as medidas inscritas no PEES.