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Primeiro-ministro abre residência oficial a exposições de arte

Primeiro-ministro abre residência oficial a exposições de arte

A partir de 5 de outubro, a residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, vai estar aberta à mostra de exposições de arte. O anúncio foi ontem feito por António Costa, durante a inauguração oficial da exposição da coleção Miró em Lisboa, indicando que a Fundação de Serralves, que acolhe o acervo do artista catalão, será a primeira entidade convidada.
Primeiro-ministro abre residência oficial a exposições de arte

O primeiro-ministro salientou que esta iniciativa inédita vai ao encontro da valorização que o Governo tem dedicado à área da Cultura, referindo que a mesma irá acontecer todos os anos, sendo convidadas diversas entidades, incluindo privadas, para divulgaram as suas coleções de arte.

Ontem, no Palácio Nacional da Ajuda, António Costa marcou presença na inauguração da exposição “Joan Miró: Materialidade e Metamorfose”, que estará patente ao público até 8 de janeiro, mostrando em Lisboa a totalidade das 85 obras da coleção Miró na posse do Estado.

No final da visita, acompanhado pelo ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, e pelo comissário da exposição, Robert Lubar Messeri, o primeiro-ministro sublinhou a cooperação da Fundação de Serralves, que acolhe o acervo em permanência, para a realização desta exposição em Lisboa.

“A Fundação de Serralves tem uma maior valia cultural e é referência não só a nível nacional, mas também internacional”, comentou António Costa, recordando o movimento da sociedade civil que se levantou contra a saída da coleção do país, que havia sido decidida pelo anterior Governo, decisão que o atual Executivo reverteu.

Uma política, referiu, que se estende também à decisão, ontem anunciada pelo Governo, do Estado exercer a opção de aquisição de seis obras da pintora Vieira da Silva, que assim permanecerão na Fundação Arpad Szènes – Vieira da Silva, em Lisboa, “garantindo que o património cultural público do país seja valorizado”.

Também presente na inauguração, o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, congratulou-se com o “final feliz” do longo processo que culminou na manutenção da coleção Miró posse do Estado, para usufruto público, salientando que “esta será uma das maiores incorporações de bens artísticos nas coleções nacionais de que há memória, desde a implantação da República”.

Intitulada “Joan Miró: Materialidade e Metamorfose”, a exposição dedicada ao artista catalão foi apresentada pela primeira vez na Casa de Serralves, no Porto, de outubro de 2016 a junho deste ano, onde recebeu um total de 240 mil visitantes.