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Portugal regressa a saldo migratório positivo

Portugal regressa a saldo migratório positivo

No ano de 2017, Portugal alcançou um saldo migratório positivo (+4.886 pessoas), invertendo a trajetória de declínio que se registava desde 2010.
Portugal regressa a saldo migratório positivo

De acordo com o Relatório Estatístico Anual 2018 do Observatório das Migrações, no ano transato o número de imigrantes (36.639, um acréscimo de 22% relativamente a 2016) foi superior às pessoas que saíram do país (31.753, menos 17% do que em 2016).

Ainda de acordo com o relatório, a população estrangeira com título de residência voltou a ultrapassar os 400 mil indivíduos, traduzindo um crescimento de 6% face ao ano anterior, vivendo agora em Portugal, de acordo com os dados mais recentes, 421.711 cidadãos estrangeiros, o que representa 4,1% do total de residentes no país.

Indicadores que levam a secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, a fazer “uma análise muito positiva” da contribuição dos imigrantes para o país e dos impactos das políticas migratórias na sua integração.

“Destaca-se muito positivamente a contribuição das pessoas imigrantes ao nível da natalidade, do aumento das suas habilitações, qualificações e empreendedorismo, bem como do balanço financeiro positivo de 514,3 milhões de euros de contribuições para a segurança Social, em 2017”, refere a governante.

O relatório revela também que, contrariando a tendência de envelhecimento da população portuguesa, as pessoas imigrantes são tendencialmente mais jovens e em idades ativas, facto espelhado, por exemplo, no contributo das mulheres de nacionalidade estrangeira para o nascimento de 10% do total crianças em Portugal. Os indicadores comprovam igualmente a melhoria do desempenho e dos resultados escolares de crianças imigrantes, já assinalada pelo PISA 2015.

Outro indicador positivo é o reforço das qualificações de trabalhadores estrangeiros, pelo maior peso de pessoas com níveis de habilitações médio-superiores (mais 42%) e com a maior prevalência de vistos associados ao estudo e investigação, a reagrupamentos familiares e de títulos de residência para atividade independente e altamente qualificada.

Depois de no passado dia 10 de dezembro o Governo português ter subscrito, em Marraquexe, o Pacto Global para as Migrações das Nações Unidas, os dados apresentados hoje espelham o sucesso da visão humanista e estratégica que tem presidido às políticas migratórias portuguesas, que se destacam cada vez mais pela positiva no atual quadro internacional.