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Portugal já pagou 60% do empréstimo ao FMI

Portugal já pagou 60% do empréstimo ao FMI

Com o reembolso antecipado de mais 1.750 milhões de euros no mês de julho, depois de ter já antecipado uma tranche de cerca de 1.000 milhões em junho, Portugal prossegue a bom ritmo a estratégia desenhada pelo Ministério das Finanças para a devolução do empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI), que atinge já os 60% do valor total.
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Estes dois reembolsos, de junho e julho, correspondem a amortizações de capital que originalmente eram devidas apenas entre junho de 2019 e março de 2020, mas que o Ministério de Mário Centeno tinha já calendarizado até agosto deste ano, quando o tesouro português deverá pagar mais outra tranche de 850 milhões de euros.

Recorde-se que em maio, depois da Comissão Europeia ter recomendado a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo, o Governo português pediu o aval aos seus parceiros europeus para proceder ao pagamento antecipado de quase 10 mil milhões de euros do FMI, pedido que foi autorizado pelo Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), tendo este organismo elogiado a estratégia do Executivo nacional, afirmando que “ajuda a colocar Portugal numa melhor posição económica para honrar as suas obrigações futuras”.

De acordo com a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), que anunciou as operações, os juros que estão a ser cobrados atualmente sobre o crédito concedido pelo FMI são superiores à taxa que Portugal está neste momento a pagar pelos títulos de dívida a 10 anos, o que significa que estes reembolsos antecipados geram poupanças nos encargos da dívida pública do país.

Desde que Portugal começou a devolver parte do crédito do FMI antes da maturidade prevista, em 2015, foram já reembolsados mais de 16.000 milhões de euros do envelope total de 26.000 milhões que a instituição concedeu ao país.