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Portugal espera que Itália mantenha participação ativa no projeto europeu

Portugal espera que Itália mantenha participação ativa no projeto europeu

O primeiro-ministro português, António Costa, manifestou hoje o desejo de que a “decisão lúcida e muito corajosa” tomada pelo chefe de Governo italiano, Matteo Renzi, que se demitiu na sequência do referendo constitucional realizado no domingo, não impeça a continuidade da sua “participação ativa” no projeto europeu, tendo sublinhado o papel histórico da Itália como “um dos grandes motores” da construção da comunidade europeia.
Portugal espera que Itália mantenha participação ativa no projeto europeu

António Costa disse esperar que a Itália saiba reencontrar rapidamente a estabilidade política necessária, “para continuar a ser um dos grandes motores do projeto europeu como tem sido desde a sua fundação”, enaltecendo as qualidades pessoais e políticas de Renzi.

“Tem muito a dar, é uma força de energia, de criatividade, de combatividade que fará muita falta à Europa se se retirar do Conselho Europeu”, referiu.

O chefe do Governo português apontou ainda para a necessidade dos líderes europeus saberem dar resposta ao “enorme descontentamento” das pessoas relativamente ao funcionamento da Europa, considerando, neste aspeto, que a Comissão Europeia e o seu presidente, Jean-Claude Juncker, “têm tido iniciativas muito importantes”, a que importa dar seguimento.

“A nova comunicação que fizeram agora sobre política orçamental é mais um passo importante, mas é essencial que ao nível do Conselho haja uma maioria também que ajude a Comissão Europeia a levar para a frente esta inversão de política”, salientou.

Europa mais forte e solidária

Também o Partido Socialista, em nota oficial, partilhou o desejo de que a Itália ultrapasse rapidamente a crise política decorrente da demissão de Matteo Renzi e mantenha o seu empenho no projeto de construção europeia, de que é país fundador.

“O Partido Socialista sublinha a importância de a Itália, país fundador da União Europeia, continuar a dar o seu contributo ativo para o projeto de construção europeia”, mantendo “o seu empenho na promoção de uma Europa mais forte e solidária”, afirma o voto do PS.