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Participação cidadã II

Participação cidadã II

Esperança na mudança. Este é o sentimento comum ao desfiar dos temas inevitáveis: os ajustes e as reformas estruturais que se diz terem valido a pena, a promessa do crescimento que aí vem, a melhoria do nível de vida que se promete mas não se sente. O que diz “o Governo do Passos e do Portas” colhe mais na descrença e numa certa desilusão com a política em geral. “O país está pior”, dizem.
Entrevista de rua V

Fábio, 25 anos e a trabalhar num Call Center, vê “um país estagnado, depois da promessa de que ia melhorar”. Já lá vão dois anos, desabafa. A emigração é cada vez mais encarada como solução, tanto para si como para um conjunto alargado de familiares, amigos e conhecidos.

Já Susana, 24 anos, vê o trabalho temporário – e precário – como única opção para prosseguir os estudos, num ensino superior “esvaziado de financiamento por políticas que envergonham um país que até há tão pouco tempo fazia uma trajetória invejável” nesse campo. As perspetivas de trabalho não lhe manifestam entusiasmo. A emigração começa também a ser opção, diz, resignada.

Susana e Fábio partilham uma visão desiludida, mas não fecham a porta à esperança. “O país, como está, não tem futuro. Tem de ser possível fazer melhor”, concordam.

“Daqui a pouco, está tudo vendido neste país”. Maria, assistente operacional, de 57 anos, também fala num país “que tem vindo a piorar”, acrescentando que “muito do que se sofre resulta de decisões deste governo”. Um novo governo seria, acredita, “uma oportunidade de por em prática medidas alternativas” ao que tem sido feito.

Na próxima quarta-feira, dia 8 de julho, a Assembleia da República debate o Estado da Nação. Este é o tempo para debater as opções tomadas nestes quatro anos pelo Governo PSD/CDS e uma alternativa que possa devolver a confiança aos portugueses. O AS Digital está na rua para falar com as portuguesas e os portugueses e ouvir o que pensam do estado do país.

Reportagem de Saúl Pereira