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Parlamentos devem “expor a leveza” dos argumentos nacionalistas

Parlamentos devem “expor a leveza” dos argumentos nacionalistas

O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, defendeu na terça-feira, em Viena, a necessidade de “expor a leveza dos argumentos daqueles que desejam o retorno ao nacionalismo”, congregando os parlamentos nacionais da União Europeia a assumirem a partilha dessa responsabilidade.
Parlamentos devem “expor a leveza” dos argumentos nacionalistas

Falando numa conferência dos líderes dos parlamentos da União Europeia, que decorreu na capital austríaca, Ferro Rodrigues sustentou também que os parlamentos nacionais devem “lembrar o que é óbvio” nos fundamentos do projeto europeu, ou seja, que “nunca conhecemos tanta liberdade, tanta paz, como na construção da Europa”.

“É nossa responsabilidade democrática fazê-lo, como presidentes e membros dos parlamentos nacionais e como membros do Parlamento Europeu”, proclamou, recordando que o Tratado de Lisboa prevê a participação ativa dos parlamentos nacionais no funcionamento da União Europeia.

Ainda segundo afirmou Ferro Rodrigues, apenas uma Europa unida é capaz de “oferecer as ferramentas” para tornar a voz europeia “melhor ouvida à escala global”.

Sobre a situação atual da Europa, o presidente da Assembleia da República evidenciou que o ‘Brexit’ é um “testemunho vivo dos custos da não-Europa”, para de seguida concluir: “a não-Europa não é uma opção, muito menos uma solução […] não tenhamos medo de aprofundar a integração europeia para defender os nossos valores”.

No encontro em que participou o presidente do Parlamento português, foi aprovada uma resolução na qual os presidentes dos parlamentos dos países da União Europeia “convidam os cidadãos europeus a participar ativamente na definição do futuro da Europa, exercendo o seu direito de voto nas próximas eleições europeias, em maio de 2019, uma vez que o êxito futuro da União depende do apoio dos seus cidadãos”.

A resolução de Viena de Áustria afirma ainda o apoio aos esforços das instituições da União Europeia para combater todas as formas de antissemitismo, racismo, xenofobia e intolerância, expressando preocupação com o seu incremento em toda a União Europeia e congratulando-se com a adoção, em 6 de dezembro de 2018, da Declaração do Conselho sobre a Luta contra o Antissemitismo.