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Os sete pecados capitais

Os sete pecados capitais

Neste momento de final de ciclo, “o balanço geral a fazer é claro: o Governo PSD/CDS falhou os objetivos que se propôs e as suas soluções estão esgotadas”, afirmou o Secretário-geral do PS António Costa, acrescentando que “em vez do prometido novo modelo de crescimento, a economia retrocedeu 15 anos; em vez do saneamento das finanças públicas, a dívida aumentou para 130 % do PIB. Em vez de arrepiar caminho, reconhecer os erros e emendar a mão, a direita só quer mais do mesmo, propondo agora um novo corte nas pensões de 600 milhões de euros”.
Os sete pecados capitais

António Costa enumerou os “sete pecados capitais destes quatro anos de governação da direita”: mentira eleitoral sobre cortes nos salários e pensões; desemprego, precariedade e emigração; asfixia da classe média; aumento da pobreza e das desigualdades; abandono da prioridade ao Conhecimento, com desinvestimento na Educação, na Ciência e na Cultura; ataque aos serviços públicos – na Saúde e na Justiça – e incompetência na sua gestão; corte no Investimento público e privado em mais de 25%.

Segundo o líder do PS, “perante o fracasso que agora tenta esconder com slogans falsos ou vazios, a direita une-se numa frente comum, usando e abusando do Estado, num último e desesperado esforço de conservar o poder, em que o frenético contra relógio de privatizações denuncia a consciência que tem de que o seu tempo já se esgotou”.

Por isso, para o líder do PS, “uma coisa é certa: com quatro anos deste Governo, Portugal e os portugueses ficaram para trás”.

Agora, frisou, “chegou o tempo de afirmar uma alternativa à direita, uma alternativa de confiança, uma alternativa do PS. Alternativa, porque faz diferente. Alternativa de confiança, porque faz melhor. Alternativa, porque tem uma visão diferente do país e das pessoas. Alternativa de confiança, porque traduz essa visão em políticas realistas e em trabalho rigoroso”.

Dar aos portugueses um futuro digno e promissor

António Costa concretizou que “as marcas dessa alternativa de confiança são: só nos comprometeremos com o que temos a certeza de poder fazer. Assumir o emprego e o combate à precariedade como a causa das causas. Aumentar o rendimento disponível dos portugueses e combater as desigualdades. Apostar na inovação em contraponto ao empobrecimento. Investir na Educação, na Ciência e na Cultura como motores do desenvolvimento”.

Na sua declaração, António Costa anunciou que daqui a uma semana realiza-se o último grande debate parlamentar da Legislatura, o debate sobre o Estado da Nação, adiantando que “ao longo desta semana, alargaremos a todo o país o debate e depois expressaremos na AR a voz dos cidadãos sobre o Estado da Nação”.

Ou seja, explicou, “a voz dos que foram traídos nas promessas não cumpridas, a voz da classe média asfixiada pelo enorme aumento de impostos, a voz das famílias empobrecidas, a voz dos jovens que emigram fugindo do desemprego e dos trabalhadores angustiados pela precariedade, a voz dos cidadãos que desesperam pela deterioração dos serviços públicos na Saúde ou na Justiça, dos territórios abandonados, do futuro comprometido pelo desinvestimento na Educação, Cultura e Ciência”.

Mas também “a voz dos que viveram quatro anos em sobressalto quotidiano. A voz de todos os que a direita ignorou e ignora. A voz de todos os que se recusam à resignação e querem um futuro de esperança para Portugal e de estabilidade, previsibilidade e segurança nas suas vidas e atividades”.

Com o próximo governo do PS, frisou, “iniciaremos um novo ciclo político, económico e social no nosso país”. Adiantando que “é preciso que o país tenha estabilidade, previsibilidade e segurança. É preciso que os portugueses tenham confiança, estímulo e esperança. Com o governo do PS, daremos passos firmes, mas seguros, para dar a Portugal e aos portugueses um futuro de digno e mais promissor”.