home

Orçamento entregue em Bruxelas ainda este mês

Orçamento entregue em Bruxelas ainda este mês

Fernando Medina reforçou ontem no Luxemburgo, na sua primeira reunião no Eurogrupo como ministro das Finanças, o compromisso do Governo português com a política financeira e de consolidação das contas públicas, garantindo que a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2022 vai ser entregue ainda este mês na Comissão Europeia, não sem antes ter avisado que o documento “terá naturalmente uma resposta à dimensão da crise e da guerra na Ucrânia”.

Publicado por:

Acção socialista

Ação Socialista

Órgão Nacional de Imprensa

O «Ação Socialista» é o jornal oficial do Partido Socialista, cuja direção responde perante a Comissão Nacional. Criado em 30 de novembro de 1978, ...

Ver mais

Notícia publicada por:

Fernando Medina

O ministro Fernando Medina levou ontem ao Luxemburgo, à reunião do Eurogrupo, a garantia de que o Governo português “está a trabalhar muito intensamente” para apresentar ainda este mês em Bruxelas o projeto de Orçamento do Estado. O anúncio foi feito pelo novo titular da pasta das Finanças aos jornalistas que o aguardavam à entrada para a reunião dos ministros das Finanças da União Europeia, acrescentando que Portugal vai continuar a seguir e a fortalecer as políticas financeiras que “tão bons resultados têm dado nos últimos seis anos”.

Um percurso que, na opinião do novo responsável das Finanças, tem permitido, de “forma gradual e indiscutível”, um assinalável “grau de eficácia” na resolução de um conjunto de problemas centrais da vida dos portugueses, quer na área da economia ou na resolução das desigualdades, quer ainda no ataque à pandemia, ao mesmo tempo que se têm alcançado, como lembrava ainda Fernando Medina, novos patamares e novos êxitos “no desenvolvimento e na consolidação das contas públicas”.

Aos jornalistas, o governante considerou “avisado” o prolongamento “por mais um ano” da suspensão das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), lembrando, contudo, que a defesa deste adiamento não impediu que Portugal tivesse cumprido já em 2021 a meta do défice, ficando abaixo dos 3% do PIB, e de tudo indicar que o cenário se repetirá este ano. Fernando Medina voltou a garantir que o país, no plano orçamental, não deixará nunca de “cumprir de forma rigorosa” com as regras a que Portugal está sujeito, “como parte da família comum da moeda única”, quer ao nível das regras do défice orçamental, quer em relação à redução da dívida.

Orçamento na Assembleia da República

Prioridade para o Governo, ainda segundo o ministro das Finanças, é também a de apresentar o “mais breve possível” no Parlamento, tal como foi prometido aos portugueses, o Orçamento do Estado para 2002, um documento, que, segundo Fernando Medina, vai permitir proceder à “atualização das pensões, avançar com a revisão dos escalões do IRS e apoiar as classes médias”. Medidas que assentam, como também referiu, em “projeções feitas num determinado momento e num contexto específico” que hoje, perante o atual clima de incerteza, “terão certamente de ser reavaliadas e eventualmente adaptadas” aos novos dados conhecidos, designadamente como consequência direta da guerra que está a acontecer na Ucrânia.

De acordo com Fernando Medina, o orçamento, “apesar de todas as vicissitudes”, não deixará de avançar com as respostas mais adequadas para minimizar os impactos na economia trazidos pela guerra, procurando, da forma mais eficaz possível, enfrentar e responder às necessidades das famílias, “nomeadamente as de mais baixos rendimentos”. Mas também com um olhar atento para os problemas das famílias das classes médias, designadamente a um conjunto de matérias chumbadas na discussão do OE na anterior legislatura e que agora, como garantiu, “ganham uma redobrada centralidade”, como são os casos do “aumento extraordinário das pensões e o desdobramento dos escalões do IRS”.

ARTIGOS RELACIONADOS