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O rigor de uma alternativa clara

O rigor de uma alternativa clara

O grupo de reputados economistas, das mais diversas origens e matizes, a quem o Partido Socialista, há já alguns meses, pediu a elaboração de um documento sobre o cenário macroeconómico para a próxima década entregou esta semana o resultado do seu trabalho ao partido e ao seu Secretário-geral. Qualquer que seja a leitura que do mesmo se faça (e está disponível no site do PS para que todos o possam fazer), é um documento sólido, sustentado, sério e rigoroso, que permite, desde logo, uma conclusão: sim, ao contrário do que a direita gosta de proclamar <em>urbi et orbi</em>, há uma alternativa à via do austerícidio levado a cabo em Portugal nos últimos quatro anos. E é essa demonstração de que a alternativa existe – no escrupuloso respeito pelos compromissos internacionais assumidos pelo país, como é devidamente salientado neste documento “Uma década para Portugal” - que deixa esta direita do pensamento único tão irritada e perturbada.
O rigor de uma alternativa clara

O Partido Socialista voltou a inovar com o método escolhido para a elaboração do programa com que se apresentará aos portugueses nas próximas eleições. Recorrendo ao saber dos especialistas, como na elaboração deste documento, e à participação de todos os cidadãos, seja através do envio de propostas, seja através da sua votação nas plataformas do Gabinete de Estudos. As propostas com que o PS se sujeitará à escolha dos portugueses são balizadas por estes dois princípios: saber e participação. E os portugueses sabem que o programa que o PS apresentará a 6 de Junho foi testado, foi medido e foi avaliado, com rigor, e que tudo o que nele conste seja exequível e seja executado. “Palavra dada é palavra honrada”, tem sublinhado António Costa.

A direita portuguesa, para além de considerar que tem uma espécie de Direito Natural a governar, gosta de invocar como seu o exclusivo do rigor. Mas como disse o Secretário-geral no seu discurso na Festa da Democracia, o PS não teme a comparação. A comparação, por exemplo, entre a governação socialista dos Açores e a governação do PPD-PSD na Madeira. A comparação da Câmara de Lisboa, onde a gestão de António Costa, diminui a dívida em 40%, e a do país, onde o Governo da direita aumentou a dívida em mais de 18%, apesar de todos os sacrifícios impostos aos cidadãos. Sem esquecer que foram governos do PS que, por duas vezes, souberam tirar o país da bancarrota ou que o recorde do menor défice da democracia portuguesa pertence a um governo do PS. Estamos, pois, conversados em matéria de rigor.

Os portugueses sabem agora – e saberão cada vez mais com maior clareza – que há um caminho diferente, uma alternativa que é protagonizada pelo PS. Uma alternativa sólida, válida, rigorosa.

PS – O PSD colocou o deputado Matos Correia a comentar o documento apresentado pelos economistas (só para que se saiba, são 90 páginas), menos de 5 minutos depois da sua apresentação. O texto do comentário – cheio dos clichés do costume – foi, obviamente, escrito na véspera e seria sempre o mesmo fosse qual fosse o documento. Eis um bom exemplo do “rigor” e da “maneira séria” de fazer política… Desse “rigor” e dessa “seriedade” podem mesmo ficar com o exclusivo!

Duarte Moral